A Confederação Nacional das Associações dos Estudantes da Guiné-Bissau (CONAEGUIB) responsabilizou, o governo e os sindicatos do sector pela actual paragem verificado nas escolas públicas do país antes da greve que começou, esta segunda-feira, convocado pelos dois sindicatos SINAPROF e SINDEPROF.
A responsabilização foi feita, esta terça-feira, durante uma conferência de imprensa, pelo vice-presidente da CONAEGUIB, Mutaro da Silva, que lamentou a paragens que têm verificado nas escolas públicas antes mesmo da greve.
“Primeiro queremos responsabilizar o governo e os sindicatos pelo não começo das aulas nas escolas públicas antes da greve que começou esta segunda-feira e, ainda pedimos uma boa-fé e acima de tudo o interesse do país” chamou atenção vice-presidente.
Este responsável pediu ainda o governo no sentido de agir rapidamente para pôr fim a esta situação.
“ Que o governo actue mais rapidamente possível para que os alunos voltem as salas de aulas porque já perderam mais de um mês e para que sector educativo não seja o palco de guerra política, por isso, queremos apelar os políticos que façam as suas políticas no fórum próprio”, pediu.
Mutaro da Silva apelou o ministro do comércio para ser mais construtivo neste processo do ensino e aprendizagem para que não agudiza mais as negociações em curso, porque segundo disse, “ existe problemas, mas é bom ter a capacidade de encontrar soluções”.
Professores novos ingressos reivindicam justiça salarial
Entretanto, professores novos ingressos dos anos lectivos 2011/2012 e 2012/2013 reivindicam, o pagamento dos seus salários em atraso e a restauração da justiça salarial, com uma vigília, esta terça-feira, ao lado do ministério da Educação Nacional.
“Durante a vigília o colectivo foi impedido de ficarem a frente do ministério, pelas forças de segurança”, lamentou o porta-voz do coletivo, Hélder Té, que depois afirma que podem ser “descriminados em relação ao pagamento dos salários” e já foi confirmado pelo assessor jurídico do ministério de Educação”.
No que refere a declaração do ministro do comércio, Hélder Té, lamentou ter ouvido o que ouviu da boca de um ministro, criticando os governantes como sendo responsáveis pela “qualidade ou não na formação dos seus professores” e os chamou de incompetentes”.
O porta-voz garantiu ainda que o colectivo vai continuar com as suas revindicações até que o governo cumprir com as suas obrigações.
Apesar das escolas públicas do país na prática não chegaram de começar as aulas, os dois sindicatos de sector, SINDEPROF (Sindicato Democrático dos Professores) e o SINAPROF (Sindicato Nacional dos Professores), começaram uma greve de 15 dias, para exigir do governo o cumprimento com os pontos constantes no memorando assinado no passado mês de Julho.
O memorando previa, entre outros, o pagamento de salários e subsídios aos professores e a aplicação do Estatuto da Carreira Docente (ECD).
Por: Anézia Tavares Gomes/radiosolmansi com Conosaba
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