O Conselho de Estado da Guiné-Bissau volta a estar reunido na próxima quarta-feira para tentar encontrar soluções para a crise política em que o país está mergulhado há mais de ano e meio, disseram hoje à Lusa fontes partidárias.
O órgão consultivo do Presidente guineense, José Mário Vaz, que esteve reunido no dia 06 de março, volta a reunir-se para, mais uma vez, tentar encontrar uma saída para o impasse político e desta vez irá analisar uma proposta concreta avançada pelo líder do Parlamento.
A proposta de Cipriano Cassamá a que a agência Lusa teve acesso, propõe a aplicação do Acordo de Conacri, instrumento político patrocinado pelos líderes da Africa Ocidental como saída da crise política guineense.
Entre outros pontos, a proposta sugere a formação de um novo governo, liderado pelo dirigente do PAIGC, partido vencedor das últimas eleições legislativas, Augusto Olivais, e integrado pelas cinco formações políticas com assento parlamentar.
Na proposta, o PAIGC teria 17 pastas ministeriais, o Partido da Renovação Social (PRS), 12, o PCD, a UM e PND, teriam uma pasta cada e seria um governo inclusivo e de consenso.
Todo processo constitucional para a nomeação e entrada em funções do governo levaria até o máximo de três semanas, sugere Cipriano Cassamá, que acredita que desta forma acabava-se com o impasse político no país.
Na reunião da próxima quarta-feira, marcada para às 16 horas no palácio da presidência, os conselheiros do Estado guineense irão debruçar-se sobre a proposta do líder do Parlamento.
Têm assento no Conselho de Estado, os líderes de partidos com representação parlamentar, titulares de órgãos de soberania e cinco figuras indicadas pelo Presidente da República mas as apreciações do órgão não são vinculativas.
Conosaba/Lusa
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