terça-feira, 14 de março de 2017

PARTIDOS DA GUINÉ-BISSAU PEDEM À ONU ABERTURA DE COMISSÃO DE INQUÉRITO INTERNACIONAL


Seis partidos da Guiné-Bissau, agrupados no chamado espaço de concertação democrática, pediram às Nações Unidas a criação de uma comissão internacional de inquérito sobre o exercício dos executivos que governaram o país desde 2014.

Domingos Simões Pereira, antigo primeiro-ministro e líder do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), disse hoje, em conferência de imprensa, ter sido o próprio a entregar uma petição nesse sentido ao secretário-geral da ONU, no passado dia 06 de fevereiro.

O ex-governante disse ter recebido, na semana passada, uma carta de um subsecretário-geral da ONU a confirmar que diligências estão a ser tomadas para a criação da comissão que vai averiguar a utilização dos fundos públicos e também analisar quem esteve envolvido em atividades ilícitas.

Domingos Simões Pereira diz que a comissão de inquérito conduzida pela ONU ajudaria a esclarecer "o ruído que se faz a volta da corrupção" na Guiné-Bissau e "de uma vez por todas esclarecer quem é quem".

O líder do PAIGC afirma que o povo guineense "tem o direito de saber" como foram geridos os fundos públicos, pelos primeiros-ministros que já passaram pela governação, a começar no próprio, mas também o exercício do Presidente guineense, José Mário Vaz.

Disse, contudo, esperar que nenhum titular de um órgão público rejeite participar ou apoiar a iniciativa e também que a sociedade civil patrocine uma petição pública que seguirá a ONU para que a instituição saiba que é todo o povo guineense que quer um esclarecimento.

Pessoalmente disse ter dado o seu aval à ONU para não só analisar o seu exercício enquanto primeiro-ministro, entre julho de 2014 a agosto de 2015, mas também a sua conta bancaria e a vida da sua família.

O Presidente guineense, José Mário Vaz, tem repetido nos seus discursos na sua presidência aberta pelo interior do país, que demitiu o governo de Domingos Simões Pereira devido à suspeita de corrupção.

Conosaba/Lusa

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