A representante do Unicef Christine Jaulmes. Foto: Rádio ONU/Amatijane Candé
Centro das celebrações do Dia Mundial da Água foi Bandim, um dos bairros com maior escassez; agência reitera apoio ao governo para salvaguardar direitos das crianças e alertar sobre a preservação do recurso.
O Fundo da ONU para a Infância, Unicef, e a Direção Geral dos Recursos Hídricos guineense assinalaram o Dia Mundial da Água em Bandim, um dos bairros com maior escassez de água potável da capital da Guiné-Bissau.
Sob o lema "Águas residuais: o equilíbrio e o futuro do nosso planeta dependem da preservação da água", o evento reuniu representantes de agências das Nações Unidas e entidades que atuam no setor de água e saneamento.
Água impropria
Falando no ato, a representante do Unicef na Guiné-Bissau, Christine Jaulmes, reiterou o apoio ao governo na melhoria das condições de vida das crianças e famílias guineenses.
"O Unicef reitera seu apoio ao Ministério dos Recursos Naturais na melhoria das estruturas, serviços e capacidades fornecidas as crianças e famílias conduzindo ao uso sustentável e equitativo de água de fonte segura, adoção de saneamento adequado e boas práticas de higiene nas áreas com baixa cobertura."
Na cerimónia, a agência realçou os riscos de contaminação pelo uso de água de poços abertos e não protegidos e reiterou a importância de preservar o recurso.
Riscos
Christine Jaulmes destacou o relatório global lançado para marcar o 22 de março. Para a responsável, a publicação Sedentos por um futuro aponta soluções duráveis.
"Diversificar as fontes de água potável; aumentar a capacidade de armazenamento; trabalhar em conjunto para reforçar comportamentos de saneamento seguros para impedir a defecação a céu aberto; trabalhar com mercados locais para estabelecer soluções de saneamento acessíveis e duráveis.”
Dados
Dados oficiais indicam que um quinto dos pontos de água utilizados na Guiné-Bissau são abertos e desprotegidos e o acesso à água potável ronda os 75%.
O Inquérito aos indicadores múltiplos de 2014 aponta disparidades de acesso entre as zonas urbanas, com 92% e rurais com apenas 61 pontos percentuais.
Conosaba/Amatijane Candé, de Bissau para a ONU News.
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