segunda-feira, 13 de março de 2017

»HY KA CONOSABA CU FALA, ELIS CU FALA» POLÍCIA JUDICIÁRIA GUINEENSE NÃO ESTÁ PREPARADA PARA COMBATER O FENÓMENO DO CRIME ORGANIZADO


Durante a comemoração do 34º aniversário da Polícia Judiciaria (PJ) guineense, o seu diretor Nacional, Bacari Biai, explicou que o enriquecimento rápido e por quaisquer meios atinge todos os estratos sociais da Guiné-Bissau e não poupa idades.


Bacari Biai avançou ainda que a justiça guineense é confrontada hoje, a nível penal, com nova realidades tais como o sentimento de insegurança, total impunidade e ausência do Estado que abala os cidadãos do país.

Apesar da “proliferação dos grupos criminosos altamente organizados cujas atuações extravasam fronteira de um país. Uso na comissão de crimes de meios tecnológicos sofisticadamente evoluídos”, Bacari Biai disse estar convicto que a atuação da PJ vai responder às expectativas da sociedade guineense.

“Conto com trabalho reforçado, a competência, a isenção, imparcialidade e solidariedade de todos os agente da PJ para tornar cada vez esta instituição numa polícia criminal, especialmente preparada, científica e tecnicamente, dotada de uma estrutura orgânica que lhe permita, com elevado grau de eficácia e responsabilidade de continuar prevenir e combater a criminalidade no país” disse Bacari Biai.

Por sua vez, Egas Capina, em nome dos funcionários da PJ, revelou que a polícia judiciária guineense não está totalmente preparada para enfrentar e combater cabalmente o fenómeno do crime organizado, devido à falta de uma política governamental para manter a PJ ao nível que a conjuntura atual exige.

“A falta de uma capacidade de reação face ao surgimento de novas formas de criminalidade imunes aos métodos tradicionais de investigação criminal, a PJ dispõe de um número muito reduzido de efetivos para desenvolver cabalmente o seu papel e fazer uma cobertura integral do território nacional”, alertou, acrescentado que “a inexistência de uma política de retenção e de promoção de quadros na PJ, estão na origem da fuga escaldante de quadros para organismos internacionais e outros órgãos do Estado que lhes proporcionam melhores condições de vida e de trabalho”.

A PJ guineense foi criada no dia 12 de Março de 1983 e conta atualmente com mais de 172 agente. O lema deste ano é ” Polícia Judiciária: As perspetivas e os desafios face ao crime organizado”.

Tiago Seide
Conosaba do Porto/© e-Global Notícias

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