Os principais atores políticos do país juntarem-se, esta quinta-feira (06), em Bissau, num debate em torno do tema “o imperativo de reforma dos partidos políticos guineenses”
Esta conferência decorre no âmbito da segunda edição dos ciclos de conferência do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa (INEP)
Logo após a abertura desta conferência, no intervalo do primeiro painel e numa entrevista aos jornalistas, Victor Mandinga, do Partido da convergência Democrática (PCD), defende que para as candidaturas dos deputados também é preciso impor um nível de escolaridade mínimo “para dar maior dignidade à nossa instituição parlamentar”.
“O relacionamento efectivo dos partidos com as instituições de Estado, deve-se um objecto de um trabalho de fundo para melhorar a lei e assegurar que os partidos como colectivos destinados a formação de uma administração política dos cidadãos possam executar cabalmente as tarefas e as suas competências constitucionais”, sustenta mandinga que adianta ainda que a participação feminina nas listas para a escolha dos deputados poderia contribuir de forma positiva para uma reforma neste sector.
Entretanto o presidente do PAIGC, Domingos Simões Pereira, defende que todo o exercício político deve merecer uma avaliação continua e se acontecer num espaço académico seria mais-valia porque “saltar logo para a solução sem perceber o que está mal” todos parecem estar de acordo pela forma como se faz política na Guiné-Bissau.
“Muitos partidos que participaram neste encontro (no INEP) têm dificuldades em reconhecer que não aceitar o resultado das eleições é um problema político e não é um problema exclusivo de alguns políticos e pelo facto de termos um sistema semipresidencial, mas porque já fixamos o ponto que queremos chegar vamos buscar todo um conjunto de argumentação para saber que é o nosso arranjo institucional que está mal”, critica Simões Pereira que sustenta ainda que o mesmo arranjo que “dizemos estar mal na Guiné é o mesmo que funcional noutras partes do mundo” e por isso ao edifico político guineense deve ser dado uma oportunidade.
Para a líder do PUSD, Carmelita Pires, tem que haver uma unificação entre os partidos políticos porque fala-se dos pactos de regime mas não existe forma como desvirtuar e precisa-se de fazer algo para mudar.
“Se calhar os partidos têm que tomar uma consciência de que são a maioria e se calhar é chegado o momento de haver uma revira volta do ponto de vista partidário na Guiné-Bissau e isto quer dizer que temos que dialogar, juntar, ter a consciência e estudar e saber quais são as propensões para uma maioria que surgir”, disse Carmelita Pires que denuncia ainda o desleixo em relação que é a representação feminina.
“É chegado o momento das mulheres terem mais participação”, alerta.
Nesta última sessão do segundo ciclo de conferência do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa (INEP) em colaboração com o Gabinete Integrado das Nações Unidas para a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau (UNIOGBIS), com tema “o imperativo de reforma dos partidos políticos guineenses”, teve uma palestra de alguns dos principais atores políticos do país.
Com excepção do Partido da Renovação (PRS) quer apesar de convidado não comparecer, o encontro que teve como moderadora a advogada Ruth Monteiro e Filomena Tipote, estavam Victor Mandiga, do Partido da Convergência Democrática (PCD), Carmelita Pires, do PUSD, Domingos Simões Pereira, do PAIGC, Afonso Té, do PRID e Idrissa Djalo, do PUN.
Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos com Conosaba
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