sábado, 23 de janeiro de 2016

SITUAÇÃO EM BISSAU É "UM EXERCÍCIO DA DEMOCRACIA"

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O encarregado de negócios da embaixada da Guiné-Bissau, Alfredo Fernandes, disse que atual situação que se vive naquele país africano é "um exercício da democracia" e referiu a situação recente portuguesa e a que se vive em Espanha.

O representante diplomático de Bissau em Lisboa afirmou que tem havido um "desdobramento de contactos", nomeadamente junto da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e "de outras entidades afins" e das "embaixadas países irmãos que ajudaram na luta da libertação", a explicar "que tudo o que se passa na Guiné-Bissau não passa de um exercício da democracia".

"Quer aqui em Portugal (...), agora em Espanha está a desenhar-se a mesma configuração política em termos de parlamento, nós dizemos que confiamos nas instituições do país [da Guiné-Bissau], que é uma crise que poderá ser resolvida em breve trecho, tendo em conta a realidade da nossa própria terra", disse à Lusa Alfredo Fernandes 'M'bala'.

"É uma crise da democracia, não há país no mundo que não tenha sofrido ou não esteja a ter problemas com o exercício da democracia", acrescentou o diplomata, referindo que será através do "diálogo entre os órgãos de soberania que se pode superar a crise" na Guiné-Bissau.

Os "países irmãos que ajudaram na luta da libertação" são a Noruega, a Suécia, a China, a Rússia, que têm contactado Bissau para saber o que se passa, referiu Alfredo Fernandes.

O responsável disse ainda que não estão em causa os apoios financeiros prometidos a Bissau pela comunidade internacional, e que "o retorno à normalidade não será um processo rápido".

O diplomata falava à margem da conferência realizada hoje em Lisboa, na presença de cerca de 40 pessoas, intitulada "Quem mandou matar Amílcar Cabral? Da investigação à atualidade dos factos", e que contou com a participação do jornalista José Pedro Castanheira, dos historiadores Julião de Sousa e Mário Beja Santos, e do analista político José Luís Hopffer Almada.

Referiu-se a Amílcar Lopes Cabral como "o denominador comum" da nação guineense para a qual pretendia "um desenvolvimento sustentável".

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