Bissau, 29 Jan 16 (ANG) – O padre, Domingos da Fonseca, em nome da Igreja Católica, pediu esta sexta-feira que haja bom senso entre a classe política perante a crise vigente na Guiné-Bissau.
Da Fonseca que falava a saída do encontro do chefe de Estado com poder tradicional e religioso, disse que, independentemente das leis, para termos a paz e estabilidade, se for necessário, podemos pôr de lado a Constituição da República.
O Coordenador do poder tradicional, Negado Fernandes (Juiz de povo) disse que o poder local não está de acordo com a expulsão dos 15 deputados dissidentes do PAIGC, se o estatuto do partido permite a expulsão, mas na Assembleia Nacional Popular a lei não permite.
Explicou que o poder tradicional deseja a continuidade do executivo eleito pelo povo nas urnas, não um governo de consenso.
Por sua vez, o presidente do conselho de imames Aladje Abubacar Djaló disse que aconselharam ao presidente, José Mário Vaz a pensar no bem-estar social do povo guineense.
Lamentou o que considera “ falta de orgulho por parte dos políticos”, e disse ter reparado que o nepotismo existente não corresponde com as funções que desempenham.
Aladje Djalo lembrou à todos que não devem minimizar o problema, “porque o país passou por uma guerra de onze anos, depois onze meses de guerra civil e agora os irmãos da mesma trincheira estão a dividir-se de novo”.
“ O poder local e religioso está aqui para manifestar a sua indignação perante esta situação ao presidente e não nos interessa quem tem razão mas queremos que haja consenso nacional,” disse.
Afirmou que todos devem cumprir e respeitar a lei, se ela for aplicada de uma forma correcta, realçou que há necessidade de se criar uma reconciliação entre as partes divergentes por via do diálogo. “Onde não impera a justiça ninguém pode pensar na estabilidade”, referiu.
ANG/JD/SG//Conosaba
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