Portugal entregou dois botes à Marinha da Guiné-Bissau para reforço da vigilância nas mais de 80 ilhas e ilhéus do Oceano Atlântico que fazem parte do país.
"Vão ser uma ferramenta importante para reforçar as ações de vigilância", referiu a ministra da Defesa da Guiné-Bissau, Adiatu Nandigna, durante a cerimónia de entrega das duas embarcações (botes com motor fora de bordo) e acessórios.
A fragilidade das autoridades guineenses e a instabilidade crónica do país têm feito do arquipélago dos Bijagós, a escassos quilómetros do território continental, uma zona vulnerável ao crime organizado transnacional, de acordo com diversos relatórios de organizações internacionais - como a agência das Nações Unidas para o combate à droga e crime organizado (UNODC, sigla inglesa).
Tráfico de droga e pesca ilegal são dois dos exemplos mais citados ao longo da última década de atividades ilícitas.
A ministra da Defesa espera poder colocar os botes em ação rapidamente e classificou ainda a ação como "um sinal importante" da aposta da Portugal na capacitação dos militares guineenses.
A par da cerimónia de hoje, presidida pelo embaixador de Portugal em Bissau, António Leão Rocha, o plano da Cooperação Técnico-Militar entre os dois estados inclui ações de treino prestadas por elementos das Forças Armadas Portuguesas.
O acordo entre Portugal e a Guiné-Bissau para retoma da cooperação técnico-militar (interrompida com o golpe de Estado de abril de 2012) foi assinado a 17 de março em Bissau durante uma visita do ministro da Defesa português a Bissau.
Lusa\\Conosaba
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