O avançado português admite que encontrou grandes diferenças entre os dois clubes e recorda, ainda, o papel de Jorge Jesus.
Depois de um complicado período em que esteve sem clube, já após uma transferência falhada do Sporting para o Nice, em 2011, Yannick Djaló surpreendeu tudo e todos e rumou ao ‘velho rival’ Benfica. Agora, em entrevista exclusiva ao Desporto ao Minuto, que será revelada, na íntegra, amanhã, sábado, o avançado revela as diferenças que encontrou nos dois clubes, mas não só.
Quando chegou ao Benfica, que diferenças encontrou em relação ao Sporting?
Quando estava no Sporting, achava que não havia muita diferença. Achava que todos eram equipas grandes. Quando mudei dei-me conta da grande diferença que havia nessa altura entre o Benfica e o Sporting. O Benfica tinha uma organização muito mais estável, era um clube que dava muito mais apoio aos jogadores. Estava tudo muito bem estruturado. Estava um nível acima do Sporting em termos de dimensão, nessa altura. Neste momento não sei, porque passaram já muitos anos. Acredito que o Sporting tenha evoluído bastante a esse nível, principalmente com a chegada de Jorge Jesus, que conhece muito bem esse método de trabalhar no Benfica e acredito que o Sporting irá evoluir para patamares superiores.
O que correu mal para não ter jogado tanto quanto queria?
Por vezes a situação de jogador é ingrata... O Jorge Jesus optou por apostar noutros jogadores, não apostou em mim. Tenho muita pena porque gostava de ter retribuído a confiança que o presidente e o treinador depositaram em mim. Mas, infelizmente, não foi possível.
O que guarda de Jorge Jesus enquanto treinador e enquanto pessoa?
Enquanto treinador, penso que não há muito a dizer. Está à vista de todos o grande treinador que é o Jorge Jesus. Como pessoa, sempre tive uma excelente relação com ele e tenho por ele o maior apreço.
Sentiu que Jorge Jesus era o “cérebro” da estrutura do Benfica?
Não, acho que, num grupo de trabalho, numa instituição, funcionam todos, não é só uma pessoa que define o sucesso ou o insucesso da equipa.
Ficou surpreendido quando Jorge Jesus trocou o Benfica pelo Sporting?
Bastante. Não estava à espera. Nem eu nem uns quantos milhares de pessoas (risos).
O que é que esta mudança pode trazer para o Sporting?
Está à vista de todos a mudança que já se nota no Sporting, tendo em conta o futebol praticado pela equipa, que é o principal objetivo. Certamente que o Sporting também irá crescer para outros níveis, essencialmente no que toca à organização e de tudo o que se passa à volta do clube. Sem dúvida que é uma mais-valia para o Sporting.
Neste momento, o Sporting é a equipa mais forte do campeonato?
O Sporting está muito bem, a equipa está muito forte e unida, à imagem do mister Jorge Jesus: todos trabalham com maior intensidade, bem organizados taticamente. Penso que o FC Porto tem um plantel fantástico. O Benfica tem também individualidades bastante fortes e está em crescimento. Mudou de treinador, tem novos processos.
E Rui Vitória vai conseguir dar a volta a este momento 'menos bom'?
Sim, sem dúvida. É um treinador com um passado que fala por si. Já orientou várias equipas em Portugal, onde teve sucesso com muito menos orçamento, conseguiu sempre fazer um excelente trabalho. Irá, certamente, conseguir dar a volta e levar o Benfica a bom porto.
Tem mantido contato com o treinador ou com responsáveis do Benfica?
Não, essas coisas o meu empresário é que resolve diretamente com o Benfica. Eu preocupo-me mais em fazer o meu trabalho.
Sente que ainda pode ‘dar cartas’ no Benfica?
Sinceramente, não sei... Não penso nisso, estou mais focado nos objetivos aqui do clube, é o projeto que tenho em mãos neste momento, é o mais importante.
Quais são os objetivos para o futuro mais próximo?
Voltar aos grandes palcos, terminar bem a época aqui no Mordóvia. Depois, no mês de janeiro, logo vemos qual vai ser o próximo passo.
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