A obrigação de visto para os norte-americanos que desejam viajar para a Venezuela entrou hoje em vigor, com a publicação no jornal oficial, e sete ex-responsáveis dos EUA, incluindo George W. Bush, são 'persona non grata'.
"Os Estados Unidos da América estão excluídos da lista de países que beneficiam da isenção de vistos para titulares de passaportes comuns", lê-se no despacho conjunto dos Ministérios dos Negócios Estrangeiros e do Interior, datado de 28 de fevereiro e publicado hoje.
Outro decreto proíbe a concessão de qualquer tipo de visto e, portanto, de entrada na Venezuela, ao ex-presidente dos Estados Unidos George W. Bush, ao seu ex-vice-presidente Dick Cheney, ao ex-diretor da CIA, George Tenet e aos deputados Marco Rubio, Bob Menendez, Mario Diaz-Balart e Ileana Ros-Lehtinen, que o governo venezuelano acusa de terem "cometido atos terroristas e violações graves dos direitos humanos".
O presidente venezuelano, Nicolas Maduro, também ordenou uma redução drástica do pessoal diplomático dos Estados Unidos em Caracas, assinalando que os EUA têm ali 100 funcionários, enquanto a Venezuela tem apenas 17 em Washington, pelo que "se deve estabelecer a igualdade entre os Estados".
Num novo episódio de tensão entre a Venezuela e os Estados Unidos, Caracas deu 15 dias para Washington apresentar um plano de redução do pessoal afeto à embaixada. Os dois países não têm o respetivo embaixador desde 2010.
Maduro, que enfrenta uma grave crise económica e viu a sua popularidade baixar a poucos meses das eleições legislativas, acusa regularmente os Estados Unidos, principais compradores de petróleo venezuelano, de fomentar golpes de Estado.
Desde a ascensão ao poder, em 1999, de Hugo Chávez, que foi um feroz crítico do "imperialismo" norte-americano até à sua morte, em 2013, Washington e Caracas mantêm relações extremamente difíceis.
Os Estados Unidos impuseram sanções aos líderes da Venezuela, que por sua vez pressionaram os diplomatas norte-americanos no país, tendo pelo menos oito deles sido expulsos desde a eleição de Nicolas Maduro, em abril de 2013.
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