«ENSINO PÚBLICO NA GUINÉ-BISSAU» "SINAPROF NÃO VAI À GREVE" - DIZ PRESIDENTE LUÍS NANCASSA

Bissau, 5 Jan 15-(ANG)- O Presidente de Sindicato Nacional dos Professores (SINAPROF ) disse que, o seu sindicato que dirige não vai observar a greve prevista para os dias 7 à 9 do mês em curso e decretada pelo Sindicato Democrático dos Professores (SINDEPROF).

Em conferência de Imprensa realizada hoje em Bissau, Luís Nancassa revelou que o SINAPROF foi surpreendido no passado dia 28 de Dezembro de 2014, pelo SINDEPROF para que assinasse o seu pré- aviso de greve.

Aquilo, segundo Luis Nancassa, nunca fora objecto de discussão entre os dois sindicatos.

Disse que apenas se agendou a discussão das modalidades de cobrança das quotas dos associados.

“Antes de se avançar para a greve, o governo devia ser convidado a discutir os pontos constantes no caderno reivindicativo”, explicou o presidente do SINDEPROF que recordou o compromisso dos dois sindicatos assumido através de um acordo rubricado com o executivo em que os dois concordaram em colaborar para que o ano lectivo 2014/2015 seja de paz e estabilidade no sector de ensino.

Nancassa precisou que esse acordo aconteceu no momento da entrega das pastas entre o antigo Ministro da Educação Nacional, Alfredo Gomes e a actual ministra da tutela, Maria Odete Semedo.

O presidente do SINAPROF disse que nesta base os dois sindicatos deveriam manter a confiança no Governo para permitir-lhe honrar os seus compromissos.

Luís Nancassa disse que tem conhecimento de que a maioria dos professores de diferentes categorias já recebeu os 6 meses dos salários em atraso.

“Sabe-se que os restantes pagamentos: eram 18 meses de diuturnidade dos professores, mas o SINAPROF recebeu um documento do Governo solicitado pelo Ministério da Economia e Finanças ao Banco Central dos Estados da África Ocidental (BCEAO) sobre o mandato de pagamento dos professores nos diferentes bancos nomeadamente, ECOBANK, BDU, BAO e ORABANK”, disse Nancassa acrescentando, “confirma-se que BCEAO já enviou este dinheiro ao Governo da Guiné-Bissau, e que o mais tardado até amanhã, terça-feira, os referidos bancos irão proceder aos respectivos pagamentos.