SENEC quer aproveitar madeira e outros recursos naturais, num modelo de investimento já criado em Moçambique e Timor-Leste
A criação de uma fábrica de mobiliário, a recuperação de licenças de pesca e uma aposta na agroindústria estão entre os projetos que Portugal vai desenvolver com a Guiné-Bissau.
A intenção foi expressa pelo secretário de Estado dos Negócios Estrangeiro e Cooperação português - Luís Campos Ferreira, que falava ao enviado-especial da RDP África no segundo e último dia de visita a Bissau. Segundo o governante português, um grupo de cerca de 20 empresas do norte de Portugal, em conjunto com a Câmara de Paredes, está à frente de um projeto para criar uma fábrica de mobiliário em solo guineense. A ideia passa por fazer um aproveitamento sustentável da madeira, um dos principais recursos naturais da Guiné-Bissau e que tem estado a ser explorado sem controlo nos últimos anos, como denunciam as autoridades locais e organizações internacionais. Para o governante português trata-se de uma riqueza que "deve passar de geração em geração" e o investimento deve "adicionar conhecimento e tecnologia" ao país. "Estamos à espera que o Governo tome posse para podermos começar as conversas, identificar o local e o modelo de investimento. É uma das prioridades".
De acordo com Luís Campos Ferreira, ouvido por Waldir Araújo, o projeto já existe em Timor-Leste e já foi replicado em Moçambique, em ambos os casos "com sucesso", pelo que o membro do Governo diz fazer questão de "em conjunto com o presidente da Câmara de Paredes o colocar também na Guiné-Bissau". Ao longo dos dois dias de trabalho com vários contactos em Bissau, Campos Ferreira anunciou ainda que já foi conversada a possibilidade de "Portugal recuperar as suas licenças de pesca" ao largo da costa guineense. "E há mais áreas", referiu, apontando a agroindústria como uma das áreas preferenciais em futuros investimentos.
O secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação português considerou "muito importante que Portugal esteja presente nestes momentos difíceis da Guiné-Bissau, por uma questão histórica, de responsabilidade e de amizade", numa alusão à grave crise económica e social decorrente do golpe de Estado de 2012. No entanto, realçou ser igualmente importante que Portugal, "a seu tempo, tire partido dos benefícios que esta cooperação e este investimento estão a trazer para a Guiné-Bissau", ou seja, que Portugal também seja beneficiado.
é o assalto aos restos...
ResponderEliminarEste acto retrata fielmente as intenções dos golpistas, onde se inclui o Senhor Manuel Serifo Nhamadjo que, agora quer-se fazer de vítima. Esses Diplomas serão revogados porque não tem legitimidade e muito menos legalidade. Este Povo merece muito mais.
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