sábado, 11 de janeiro de 2014

RECADOS: DO DR. SARGENTO NATCHE!

Dr. Sargento Natche

A Cidadania
Um dos aspectos mais crítico da situação da Guiné-Bissau, reside na dificuldade das elites políticos de se entenderem sobre o presente e o futuro do país. O problema agravou-se nos últimos anos com progressiva degradação das relações pessoais e institucionais, o que contribuiu para precipitar e agudizar as crises. Um permanente ruído de fundo, feito de insultos insinuações e ataque pessoais, reduzindo o espaço de dialogo e consenso, transformando arena politica numa espécie de circo romano de gladiadores. Se não temos o mínimo de respeito pelas instituições e pelas pessoas que nos representam e não nos respeitamos a nós próprio e não será de estranhar que os outros não nos respeitem.

Nos últimos tempos, tivemos infelizmente vários exemplos disto. A personalização da vida pública e a politização da vida privada são comportamentos com fundas raízes na sociedade guineense. As relações politicas, tal como as relações institucionais, são sempre relações entre pessoas, mas não são, não se devem confundir com relações pessoais. Os responsáveis políticos não se representam a si próprio, mas sim instituições e em último caso o interesse público.

Quando na vertigem do poder se deixam dominar pelos seus caprichos ou por outros interesses, o país acaba por ficar em segundo plano, ora na situação dramática em que se encontramos é tempo de se começar a pensar um pouca mais o país, atenção com falsas promessas eleitorais, porque esta em causa O BEM ESTAR DOS GUINEENSES, 
o seu futuro, mas também a IMAGEM E A CREDIBILIDADE da Guine Bissau com país.

Os tempos que estamos a viver são absolutamente extraordinário com profundas transformações no mundo. Quem não for capaz de as acompanhar, ficará para trás; e a Guine Bissau vai passar por alguns sobressaltos ate conseguir resolver os seus problemas pois a eleição só por si não as resolve. E os próximos cinco anos serão decisivos porque irão determinar o que será o país nas próximas décadas, mas pelo que vi a muita politiquice nem todos infelizmente parece ter consciência disso. Precisamos de um compromisso muito alargado com a sociedade sobre estado, o nosso futuro e dos nossos filhos, e a nossa posição no concerto das Nações e enfim no mundo globalizado, sem esquecer a 
economia que possa sustentar o país.

É preciso lembrar que a situação internacional continua e continuará por algum tempo dominada por factores de grande incerteza e volatilidade. Em particular os países mais pobres com problemas financeiros e endividados, com grandes desequilíbrios e fraco crescimento económico. Se em cima destas dificuldades acrescentamos ainda os 
problemas politico a situação torna-se ainda mais grave e a insolvência mais próximo, aumentando a incerteza, a falta de confiança dos investidores internacionais e não só. É exactamente o contrário que precisamos fazer para salvar esta pátria amada.

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