quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

CADOGO: O PRIMEIRO-MINISTRO DEPOSTO GARANTE QUE É CANDIDATO ÀS PRESIDENCIAIS!

O primeiro-ministro deposto garante que é candidato às presidenciais. "Cadogo" considera que seria “gravíssimo” o adiamento das eleições, de 16 de Março, mas acredita nessa possibilidade.


A poucos dias do fim do recenseamento eleitoral (31.01), Carlos Gomes Júnior lança críticas ao processo de registo dos cidadãos guineenses na Diáspora. O primeiro-ministro guineense, exilado em Portugal depois do golpe de Estado de 12 de Abril de 2012, qualifica o ato no contexto de “um cíclo muito dúbio”, em alusão ao calendário inicial estipulado pela Comissão Nacional Eleitoral que não foi respeitado.

Gomes Júnior que, por mera coincidência, fez o seu registo eleitoral na Cidade da Praia, em Cabo Verde, aponta algumas das falhas: “segundo informações que temos (acabei também de passar em Paris e noutros sítios), de facto há pessoas que não têm identificação como guineenses, são filhas de pais guineenses mas têm documentos estrangeiros”.


Na opinião do primeiro-ministro deposto, “seria bom não negar a nacionalidade seja a quem for. Mas na hora da eleição, as pessoas têm de estar devidamente identificadas”. Além disso, Gomes Júnior diz ter informação de que “na Guiné-Bissau uma pessoa vai com duas testemunhas recensear-se”, pelo que se está “a brincar com coisas muito sérias”, critica na entrevista exclusiva concedida em Lisboa à DW África.


Seria “gravíssimo” novo adiamento de eleições


Apesar de estarem agendadas as eleições gerais na Guiné-Bissau para 16 de Março, o primeiro-ministro deposto tem “dúvidas” sobre o cumprimento do calendário eleitoral, “porque mesmo a própria equipa que saiu para fazer o recenseamento no exterior (e o que fará no interior do país?) tem-se deparado com problemas financeiros”, aponta Gomes Júnior.

“As pessoas estão praticamente a viver de esmola para fazerem o seu trabalho, de maneira que são situações que podem levar ao desânimo e nós pensamos que as autoridades devem analisar isso com cabeça fria”, afirma o primeiro-ministro deposto exilado em Portugal.


No entender de “Cadogo”, como é também conhecido, “seria gravíssimo haver um novo adiamento”, porque “um Governo de transição não tem poderes legislativos para estar a discutir projetos e, nomeadamente, assumir compromissos junto da comunidade internacional. Portanto, qualquer parceiro credível exige que haja um Governo legítimo que saia das eleições”, justifica o antigo chefe de Governo.


Carlos Gomes Júnior defende que não se pode adiar de novo o futuro e o desenvolvimento da Guiné-Bissau. Recorda a propósito o impacto causado pelo anterior adiamento à economia guineense, nomeadamente na exportação do cajú.

“A minha preocupação é servir o meu país, continuar a servir com competência. Nós comprovamos à comunidade internacional que a Guiné-Bissau não é um país pobre, a Guiné-Bissau tem recursos, tem é que se saber explorar esses recursos, saber dar condições para que os técnicos consigam fazer o seu trabalho para que possamos pensar numa coisa comum, o desenvolvimento do país”, garante o primeiro-ministro que foi deposto no golpe de Estado de 12 de Abril de 2012.


“Cadogo” quer regressar a Bissau como candidato


Apesar dos avisos que indiciam estar em risco a sua integridade física, o ex-primeiro-ministro continua decidido a regressar. Depois de se ter recenseado, Gomes Júnior reafirma a determinação em participar nas próximas eleições gerais como candidato às presidenciais: “naturalmente, porque o nosso desejo foi sempre ajudar o nosso povo a cumprir com os desígnios dos próprios combatentes pela liberdade da pátria”, observa.

“Nós pensamos que somos pessoas de bem, demos provas da nossa capacidade, da nossa determinação e vamos continuar a lutar para isso. Se não for possível ir em paz e continuar a trabalhar pelo desenvolvimento do nosso país, nós somos homens que temos dado provas do nosso prestígio internacional... em qualquer parte podemos continuar a trabalhar”, defende o primeiro-ministro deposto.

Carlos Gomes Júnior já comunicou às Nações Unidas sobre o seu calendário político e aguarda que sejam garantidas as condições de segurança que permitam o seu regresso ao país.


Fonte : D W África

2 comentários:

  1. sua excelência sr. Cadogo, por ser um dos seus adepto e apreciador, venho lhe alertar o seguinte, visto que, o Sr. Dr. Filomeno Pina, amigo de dr. Kumba Yala, há quem o fez desistir da sua candidatura, até ao momento não refilou da sua teimosia de ir-se candidatar nas próximas eleições presidenciais na Guiné-Bissau marcada para o dia 16/04/2014. Ou seja, será que já se entalou algum D, na CONTA BANCÁRIA dele? Se assim for, não de estranhar, é o seu hábito subordinar para não ouvir a verdade. Mas, como ainda não recebi nada, estou livre para lhe despertar do perigo como que referi no início – VOLTAR A GUINÉ-BISSAU EM ATUAL SITUAÇÕES, COLOCARÁ O PAÍS (GB) E A SUA PESSOA EM RISCO, ALIÁS O POVO DAQUELE PAÍS VIU À 5 ANOS ATRÁS UM DOS SEUS HOMEM MAIS PODEROSO A SER MORTO DE FORMA MAIS BÁRBARO QUE ALGUMA VEZ SE VIU!
    Agora se na verdade és nacionalista como alardeia, tás perante uma oportunidade, ÚNICA para mostrar aos cidadãos da Guiné-Bissau que na verdade no seu dia-a-dia só pensa no bem-estar do POVO DA GUINÉ-BISSAU, isto é, deixar passar estas eleições também sem CADOGO. Porque o grande problema da Guiné-Bissau atualmente é: Kumba Yala e Carlos Gomes Júnior (Cadogo)....

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  2. "(...) DIXER É UMA COISA FAZER É OUTRA". A verdade é que, entre as duas, existe um espassamento enorme que é identificada e reconhecida, muita das vezes só pelos mais atentos!... Emigrante Atento

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