A Guiné-Bissau está perante a ameaça de corte no abastecimento de eletricidade devido a uma dívida à empresa fornecedora que o Governo pretende renegociar, informou hoje o ministro da Economia e Finanças, Suleimane Seide.
O governante apresentou hoje os dados da situação financeira do país e apontou como um dos problemas a fatura de "cerca de 17 milhões de dólares" (15,8 milhões de euros) para pagar à Karpower, a empresa turca que fornece eletricidade à Guiné-Bissau, a partir de um barco.
O ministro anunciou que vai diligenciar para renegociar a dívida reclamada e que tem agendada para quinta-feira uma reunião com a empresa, que está a cobrar energia que a população não consome, nem necessita, segundo alega o Governo.
De acordo com as explicações da tutela, a situação resulta de uma adenda feita ao contrato inicial que quase duplica a quantidade de energia fornecida, de 17 megawatts para 30 megawatts mensais.
"Mas o país não consome 30, o gasto nunca ultrapassa os 22 mensais, o que significa que está a pagar cerca de oito todos os meses, que é faturado e não é consumido", afirmou.
"Foi esta situação que nos conduziu a termos faturas que a EAGB (Eletricidades e Águas da Guiné-Bissau) não conseguiu pagar e a termos essa situação quase de ameaça de corte de fornecimento de energia", acrescentou.
O novo Governo, que tomou posse há pouco mais de um mês, está, segundo disse, "a diligenciar para negociar com a empresa" e já tem "um encontro agendado para amanhã (quinta-feira)".
O ministro prometeu mais detalhes para depois da "primeira ronda negocial", mas salientou que "a solução aqui passa obrigatoriamente por uma renegociação do contrato".
"Fixar o contrato em valores que possam ser suportáveis e sustentáveis para a EAGB. Outra saída não vai haver", vincou.
O fornecimento de energia elétrica é assegurado na Guiné-Bissau através de uma central flutuante (barco) de uma empresa turca, que presta este serviço a vários países africanos.
Sem comentários:
Enviar um comentário