quinta-feira, 7 de setembro de 2023

CORTE DO TROÇO JUGUDUL-NHACRA OBRIGA TRANSPORTES A RECORREREM À ESTRADA DE VOLTA

O corte do troço que liga a aldeia de Jugudul (setor de Mansoa) à cidade de Nhacra, concretamente junto à aldeia de N’Cheia, obriga os motoristas, particularmente os transportes públicos e camiões de grande porte, que saem das regiões de Oio, Bafatá, Gabú e do Sul do país, a recorrerem à antiga estrada de volta, que liga a cidade de Mansoa ao setor de Bissorã, Bula e à capital Bissau.

De acordo com as informações apuradas pelo jornal O Democrata, a degradação da estrada e a sua intransitabilidade deve-se a dois camiões que estavam atolados naquele local e permaneceram ali por alguns dias, mas conseguiram sair graças ao apoio recebido do Sindicato dos motoristas.

Mesmo assim, relatos indicam que o troço ainda continua em más condições e intransitável para as viaturas de grande porte, transportes públicos e autocarros, apenas as viaturas pequenas conseguem passar, porque “usam as bermas para passar”.

LESTE E SUL PODEM FICAR NO ISOLAMENTO, SE O TROÇO NÃO FOR REABILITADO
Contactado esta quinta-feira, 07 de setembro de 2023, por telefone para falar da corte daquele troço, das dificuldades aos motoristas dos transportes públicos, o secretário geral da Federação Nacional dos Motoristas e Transportadores da Guiné-Bissau, Caram Samba Lamine Cassamá, exortou o ministério das Obras Públicas, Construção e Urbanismo a resolver a situação se assim não for, a população da província leste e sul ficará isolada de Bissau e de outras localidades”.

O também porta-voz da organização reconheceu, na entrevista, que o corte da estrada Safim/Jugudul está a “afetar gravemente” a circulação e a acarretar custos em combustíveis aos motoristas que fazem transporte para a província leste e sul, porque são obrigados a recorrer à estrada de volta (Mansoa, Bissorã, Binar e Bula) para chegar a Bissau.

“Todos os motoristas do leste e sul com viaturas de grande porte, estão a fazê-lo diariamente, enquanto a estrada continua intransitável”, afirmou.

O responsável da Federação Nacional dos Motoristas e Transportadores da Guiné-Bissau assegurou que, neste momento, nenhuma viatura de grande porte e transportes públicos, incluindo os autocarros, não consegue transitar naquele espaço, devido à degradação da estrada.

“Os dois camiões já foram retirados do local, com o apoio do sindicato dos motoristas do setor de Mansoa, mas deixaram uma vala enorme no meio da estrada e com a intensidade das chuvas tudo ficou mais complicado, o que tem dificultado o trânsito de viaturas”, disse.

Alertou que neste momento é um risco para os motoristas, “apenas carros de todo terreno, mesmo assim é muito arriscado”.

Caram Samba Lamine Cassamá disse que a sua organização já informou o diretor geral do Fundo da Conservação Rodoviária, mas até ao momento não recebeu nenhuma reação, mas estão a fazer contactos com o Ministério das Obras Públicas para ultrapassar a situação o mais rápido possível.

“A única alternativa neste momento para os motoristas dos transportes públicos que circulam naquela estrada é dar volta, Bissau Bula, Binar, Bissorã, Mansoa e Jugudul vice-versa. Essa situação está a criar enormes transtornos e a acarretar muitos custos em combustíveis. Os passageiros levam muito tempo para chegarem ao destino, além dos seus bens e congelados que podem estragar-se ao longo do percurso. É urgente resolver a situação o mais breve possível”, insistiu.

O sindicalista garantiu que até ao momento não há ainda registos de incidentes ou viaturas acidentadas por conta da má condição da estrada.

“Os motoristas que circulavam naquele troço estão a ter muita cautela. Descem os passageiros e os carros passam vazios, mas nos últimos tempos a alternativa tem sido dar volta para evitar futuras consequências ou perda de vidas humanas”, disse.

Por: Aguinaldo Ampa
Foto: Cortesia de jornalista Djedje Ambrósio
Conosaba/odemocratagb

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