A Ordem dos Advogados da Guiné-Bissau ameaça bloquear o sistema judicial guineense, caso mantenha sem a solução, a situação da sua sede.
A ameaça é observada hoje, pelo vice-presidente no quadro da celebração dos trinta anos (30) de existência da organização.
Na abertura da comemoração o vice-presidente, Januário Correia, sustentou que a Ordem está a aguardar com muita expectativa o desfecho final desta situação por via judicial.
“Não queria terminar sem se pronunciar sobre a questão da sede da Ordem oferecida pela União Europeia, equipada graças ao apoio das Ordens congéneres da CPLP com êxito da UALP (União dos Advogados da Língua Portuguesa)” anunciou para depois prosseguir que “foram escondidos os arquivos, equipamento do escritório e todo o bibliotecário financiado pela UEMOA, e até hoje estamos a guardar com a espectativa o desfecho final judicial deste processo e deixamos claro de que os advogados que a Ordem representa reserva e pondera a possibilidade de bloquear a justiça no próximo ano judicial, bloquear a justiça caso a situação se mantenha sem solução ou de forma indefinida”.
O presidente da União dos Advogados da Língua Portuguesa igualmente Bastonário da Ordem dos Advogados de Angola, Luís Paulo Monteiro, afirmou que é urgente dinamizar a União dos Advogados da organização para uma aproximação contínua.
“Nós pensamos que urgente dinamizar a União dos Advogados da Língua Portuguesa, uma plataforma de diálogo e aproximação contínua entre os Advogados que falam a língua portuguesa, e reforçar a sua posição na comunidade internacional dos Advogados”, diz adiantando que “nós defendemos uma autodinâmica a livre circulação dos Advogados na CPLP, a criação de um Tribunal arbitral no seio da UALP, formações e estudos das mais variadas temáticas do Direito da Advocacia, seminários sobre os acordos de cooperação jurídicas e judiciária entre os Estados membros”.
Em representação do governo, o chefe do gabinete do Ministro da Justiça, Paulo Mendes, disse que os Advogados devem empenhar todos os esforços para que a sociedade possa ter a confiança na justiça. “Um funcionamento mais efectivo da justiça contribui substancialmente para o desenvolvimento do país e a pacificação da sociedade”.
Outrossim a Ordem dos Advogados afirmou que depois de períodos eleitorais, houve desvio na classe dos Advogados, por isso, apelou a união dentro da ordem para terem mais força para bem da justiça guineense.
Por: Turé da Silva/radiosolmansi com Conosaba do Porto
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