O Brasil vai disponibilizar 15 milhões de dólares norte-americanos (12,720 milhões de euros) para a criação de uma academia onde serão formados oficiais militares guineenses, anunciou hoje a ministra dos Negócios Estrangeiros da Guiné-Bissau, Suzi Barbosa.
A futura academia irá funcionar no atual centro de formação militar de Cumere, situado a 40 quilómetros da capital guineense.
A ministra dos Negócios Estrangeiros guineense fez o anúncio ao proceder hoje, em Bissau, ao balanço da visita de Estado de quatro dias do Presidente do país, Umaro Sissoco Embaló, ao Brasil, na semana passada.
Suzi Barbosa também anunciou que o Brasil vai financiar a formação local de elementos de segurança guineenses, num pacote de três milhões de dólares (2,54 milhões de euros).
Já nos próximos dias, precisou Barbosa, a Guiné-Bissau e o Brasil vão rubricar um acordo entre o Ministério dos Negócios Estrangeiros e o Instituto Rio Branco para formação de diplomatas guineenses.
A nível da agricultura, o Brasil vai ajudar a Guiné-Bissau a transformar o seu caju, principal produto agrícola e de exportação do país.
"Já está em curso, aqui em Bissau, nas instalações da FUNDEI, a transformação do espaço financiado no âmbito da cooperação com o Brasil para que possamos processar o nosso caju localmente e também aproveitar a polpa", assegurou Suzi Barbosa.
Além do caju, o centro também servirá para o processamento industrial da maga e outras frutas, precisou a chefe da diplomacia guineense.
O Brasil ainda vai ajudar a Guiné-Bissau na especialização de magistrados bem como na capacitação do pessoal da saúde, disse Barbosa.
"O Presidente da República solicitou ao seu homólogo a criação de um centro de hemodiálise no país", afirmou a chefe da diplomacia guineense, acrescentando que o Brasil comprometeu-se a enviar técnicos para formar médicos e ainda instalar o primeiro centro de hemodiálise na Guiné-Bissau.
Conosaba/Lusa
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