sexta-feira, 20 de agosto de 2021

RENUNCIAR O MANDATO É UMA FALTA DE RESPEITO AOS ELEITORES: diz Luís Leopoldo de Jesus




Os cinco deputados da bancada parlamentar do PAIGC consideram de falta de respeito aos seus eleitores a renúncia dos seus mandatos pelo facto de votarem o Programa e Orçamento Geral do Estado do governo liderado por Nuno Gomes Nabiam.

“Renunciar o mandato é uma falta de respeito aos eleitores que nos votaram através do sufrágio direto universal para que sejamos deputados da nação. Fomos escolhidos pelo nosso partido como candidatos e somos votados como deputados pelo povo, portanto em nenhuma circunstância vamos renunciar aos nossos mandatos”, assegurou hoje, o porta-voz do colectivo dos 5 deputados, Luís Leopoldo de Jesus.

De acordo com o deputado, “o estatuto e o regulamento disciplinar do PAIGC não sobrepõe a Constituição da República, ao estatuto de deputados e nem tão pouco ao regimento da Assembleia Nacional Popular”.

No comunicado, o Conselho Nacional de Jurisdição suspendeu também os cinco deputados (Braima Djaló, Mamadi Baldé, Leopoldo da Silva, Saliu Embaló e Luís Leopoldo de Jesus), de todas as actividades do partido por um período de três anos. Questionado se vão ou não acatar a suspensão, Leopoldo da Silva prometeu respeitar uma vez que se trata do regulamento interno do partido.

“(..) Nós vamos acatar. A suspensão e expulsão não são iguais mas, a renúncia dos nossos mandatos enquanto deputados, não vamos acatar nem hoje, nem amanhã e nem nunca”, acrescentou.

Em relação a recente declaração do líder do Movimento para Alternância Democrática, Braima Camará, que afirmou na última reunião do Conselho Nacional do partido que os 5 deputados que votaram para viabilizar o programa e Orçamento Geral do Estado foi graça ao seu esforço, Nené Cá como é também conhecido entre os parlamentares diz que “é da sua responsabilidade, mas estamos preocupados com as interpretações maldosas de algumas pessoas que estão a aproveitar dessa declaração”.

Na semana passada, o Conselho Nacional de Jurisdição do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde convidou os cinco deputados a apresentarem uma carta de renúncia de seus mandatos enquanto deputado para depois suspende-los de todas as actividades ligadas ao partido por um período de três anos.

Por: Braima Sigá/radiosolmanso com Conosaba do Porto

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