Os restos mortais do ex-primeiro ministro e Combatente da Liberdade da Pátria, Carlos Correia, foram sepultados esta sexta-feira, 20 de agosto de 2021, no Cemitério Municipal de Bissau, após uma homenagem na sede do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) e honras de Estado no Palácio do governo.
A cerimónia de homenagem contou com as presenças do líder do PAIGC, Domingos Simões Pereira, militantes, familiares e amigos e no Palácio do Governo, o corpo foi recebido pelo vice-primeiro-ministro, Soares Sambú.
Na sua intervenção, o líder do PAIGC, Domingos Simões Pereira, realçou que Carlos Correia era “um homem extraordinário, lutador incansável, homem de Estado e um patriota”.
Segundo Simões Pereira, a “simplicidade era respeitada e admirada por todos, no seio dos mais velhos, camaradas de luta e gerações mais jovens”, encontrando nele algo do qual se inspiram.
O líder do PAIGC assegurou que o malogrado era o primeiro a admitir que não era perfeito como todos os homens. Simões Pereira acrescentou que apesar de sempre repetir que a sua obrigação é evitar o erro e não continuamente estar a desculpar-se e, uma postura que o converteu ” indiscutivelmente” na referência maior da fidelidade às ideias pelas quais gerações de guineenses lutaram e sacrificaram-se, dando as suas vidas.
Domingos Simões Pereira repudiou discursos políticos da atualidade na Guiné-Bissau que qualifica de “tão baixos, maus, perversos e de servirem causas tão alheias e distantes, feitos de insultos de termos controversos e sem sentido, alimentada por uma raiva cósmica e de fantasia, uma política que tenta parecer brava e dura, mas na verdade baseada no medo”.
Em nome do governo, o Secretário de Estado do Tesouro, Ilídio Vieira Té, sublinhou que com a morte de Carlos Correia, a Guiné-Bissau perdeu àquele que ficou registado na memória do povo guineense como “um patriota que desde a primeira hora aderiu à causa da independência nacional, fazendo parte do PAIGC, que dirigiu o complexo processo de luta armada para a libertação da nação guineense”.
Em nome da família, Ande Biró Correia disse confiante que, certamente, a maioria das pessoas lembrará dele, pelo modo irrepreensível, pela lealdade, pelo respeito, pela dedicação e pelo sacrifício que incutia diariamente na mente das pessoas e na sua vida.
Adiantou que o seu pai sempre dizia que: não teve oportunidade de ver Guiné chegar aonde outrora sonhou que chegasse, “não obstante existirem excelentes quadros na Guiné-Bissau
De recordar que o ex-primeiro ministro Carlos Correia, morreu no dia 14 de agosto do ano em curso aos 87 anos de idade.
O governo decretou luto nacional de dois dias, 21 e 22 de agosto.
Por: Aguinaldo Ampa
Foto: A.A
Conosaba/odemocratagb
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