A situação do covid-19 no país é preocupante e começa já a tirar sonos a muitos guineenses. Novos contágios aumentam de forma acelerada, tendo já atingido em grande escala os membros do governo de Nuno Nabiam, responsáveis do Ministério do Interior e elementos da força de segurança do país.
Covid-19, o vírus que não olha para cor, raça e posição social, ganha cada vez mais terreno no país.
A questão que se coloca neste momento, é a causa da ineficácia das autoridades do país, em fazer cumprir a medida de confinamento e distanciamento social.
O governo não está a conseguir fazer valer o que está decretado no estado de emergência. Apesar de aumento drástico de novos contágios a população mostra-se, até agora, menos preocupada e pouco disposta em respeitar e pôr na prática medidas de confinamento e distanciamento social, e muito menos o uso de máscaras. As motos táxis e condutores de transportes públicos e, em muitos casos até carros privados continuam a ser mais inteligentes do que as forças policiais, furando todas as medidas de restrições.
O que está a falhar e o que deve ser feito? São duas questões que requerem respostas capazes de ajudar a estancar o aumento de novos contágios de covid-19 na pátria de Amílcar Cabral.
Foi, precisamente, a procura destas respostas que a Rádio Sol Mansi falou hoje (5) com a epidemiologista e ministra de saúde do governo de Aristides Gomes, Magda Nely Robalo.
“ Penso que existe um distanciamento entre medidas de emergência nomeadamente, no que toca ao confinamento e aumento de números de casos, é verdade que quando foi decretado o estado de emergência, tínhamos restrições muito mais ampla, em termos de circulações de pessoas de viaturas e aberturas de comércios, e quando passa o tempo estes medidas ficam a ser mais flexível, e números dos casos fica a aumentar. A tendência deve ser contrária, devemos apertar muito mais, porque os casos estão muito mais elevados. Penso que o problema está na base de adequação das medidas não só em termos de horas mas sim, como as pessoas devem circular naquela hora”, explicou.
Nely Robalo sugeriu que “Temos que sentar, repensar e mudarmos de estratégias porque está evidente se continuemos com este ritmo de aumento de caso, não que vai ultrapassar a nossa capacidade de resposta, já ultrapassou a nossa capacidade de resposta, quando temos muitos técnicos de saúde atingidos e limitados no exercício das suas funções significa que temos uma crise dentro de crise”.
Os casos de infecções duplicaram nos últimos dias no país superando neste momento as barreiras de quatrocentos. Não obstante a estes números, a grande parte da polução continua desconfiada. Entretanto, na opinião da Dra. Magda é preciso redefinir as estratégias de comunicação, “ nestes dias estão as questões de testes positivos depois é negativo, os números não batem certos, portanto a estratégia de falar sobre este doença, quantos casos que existe e como estão, e dos que já morreram houve uma série de incompreensão”.
A Guiné-Bissau através do seu presidente, Umaro Sissoco Embalo, mandou vir de Madagáscar um chá batizado de "Covid Organics", usado no tratamento da Covid-19 em Madagáscar, mas que no entanto não tem sido ainda validado pela OMS. Solicitada a fazer um comentário sobre este chá, eis o que diz a Dra. Magda Nely Robalo.
“ Felizmente este chá não está homologado, não está acreditado para tratar covid-19 porque não passou por todos os testes feitos antes de ser admitido na cura. Deve ser testado pelos cientistas através de testes nas pessoas que acreditam, daí pode-se determinar a dosagem necessária e dias ou meses a qual o paciente deve ser medicado”, advertiu a especialista em saúde.
Por: Turé da Silva/radiosolmansi com Conosaba do Porto
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