sexta-feira, 8 de maio de 2020

Covid-19: FARMACÊUTICA ACONSELHA USO DE “NENÉ BADADJI” E ALHO PARA O REFORÇO DO SISTEMA IMUNITÁRIO

[ENTREVISTA] A Coordenadora do Grupo da Medicina Natural das Cáritas da Guiné-Bissau, Mónica Canavesi, aconselhou o uso da Moringa (Nené Badadji) e do Alho (Adju) para o reforço do sistema imunitário, tendo assegurado que o grupo da medicina natural que dirige tem passado essa mensagem às pessoas. Contudo, admitiu que segundo as notícias que leu de todo o mundo, a única solução para eliminar “definitivamente” o vírus da Covid-19 “parece ser uma vacina”.
A farmacêutica italiana que trabalha na Caritas da Guiné-Bissau, não afasta as hipóteses de tratar os sintomas da doença através de outros medicamentos modernos já utilizados e medicamentos tradicionais que poderão complementar o tratamento, nomeadamente: a Artemísia, o Alho e a Moringa (Nené Badadje).
“O Alho pode ser utilizado normalmente na comida, também misturando mel com alho. Quer dizer: cortar o alho, colocá-lo dentro de um frasco e deixa-lo uma semana e depois comer uma colherinha cada dia. A Moringa pode-se utilizar de muitas formas: secar as folhas e moe-las e a cada dia pôr uma colher desse pó na comida, porque para além de reforçar o sistema imunitário tem muita vitamina e ferro, que ajudam o organismo a ficar bem”, detalhou a especialista.
Mónica Canavesi fez este alerta de uso de plantas medicinais para reforçar o sistema imunitário, durante uma entrevista exclusiva ao Semanário guineense O Democrata, para falar da eficácia do Covid-Organics desenvolvido em Madagáscar na prevenção e cura de novo Coronavírus (Covid-19) que assola o mundo, em particular a Guiné-Bissau.
No passado sábado, 02 de maio de 2020, o governo malgaxe ofereceu, através da Guiné-Bissau, aos restantes países da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), um donativo composto por 107 cartões do medicamento tradicional, o “Covid-Organics”, para a prevenção e cura do novo coronavírus.
O donativo amostra de “COVID ORGANICS – TAMABAVY” chegou proveniente de Antanarivo, capital do Madagáscar, a pedido do Chefe de Estado guineense, Úmaro Sissoco Embaló, na semana passada, na sequência de uma conversa mantida por vídeo-conferência, depois daquele país francófono do índico ter anunciado a descoberta do medicamento tradicional que ajuda na prevenção e tratamento da doença do Coronavírus.
ARTEMÍSIA REFORÇA O SISTEMA IMUNITÁRIO E PODE AJUDAR PACIENTE DO COVID-19
Sobre o assunto [Covid-orgânico], a Coordenadora do Grupo da Medicina Natural começou por referir que não tem acesso à ficha técnica para poder pronunciar-se, porque “qualquer pronunciamento sobre um produto implicaria ter acesso à ficha para saber o que está lá dentro e em que quantidade”. Contudo, admitiu ter informações de que é um remédio feito à base da planta de Artemísia e outras plantas medicinais.  
Monica Canavesi frisou que as informações que o grupo tem sobre essa planta [Artemísia] é que “tem muitos bons efeitos” e entre eles, está uma capacidade de reforço do sistema imunitário, reforçando o sistema imunitário da pessoa, o corpo estará mais preparado ou pronto para enfrentar o Vírus ou qualquer coisa que queira entrar para atacar o organismo do indivíduo.
A Coordenadora do Grupo da Medicina Natural da Caritas não precisou se a planta pode ou não curar a Covid-19, uma vez que do lado científico não há nenhuma demostração neste sentido. Sublinhou que o grupo da Medicina Natural apenas faz junção de peças entre conhecimentos de curandeiros e científicos. Revelou que há um estudo dos anos 2005-2006 feito por grupo de especialistas chineses que reforça a teoria de que a planta Artemísia tem alguns efeitos sobre um tipo de Vírus da família de novo Coronavírus.
“O estudo é antigo, do tempo da outra doença que era causada por um Vírus desta família que era SARS-CoV… Na altura esse estudo mostrou alguns efeitos, mas de momento não há nenhuma evidência científica que a Artemísia possa curar a Covid-19. Portanto, “não posso confirmar nada enquanto a ciência não divulgar algo”, sublinhou, indicando que viu a notícia que está em curso um estudo que está a ser desenvolvido por um Instituto alemã para verificar os possíveis efeitos da Artemísia sobre o Vírus.
Monica Canavesi assinalou que o grupo trabalha em condições muito simples, sem laboratório de análise e costuma cultivar um pouco de Artemísia que é usada para o reforço do sistema imunitário, no xarope e na pomada para o tratamento da hemorróides, entre outras doenças.    
ARTEMÍSIA, O ALHO E A MORINGA, PODEM AJUDAR O ORGANISMO A ENFRENTAR INFEÇÕES
Apesar da Organização Mundial de Saúde (OMS) não ter aconselhado nem apoiado a utilização do chá e xarope produzidos em Madagáscar, a Coordenadora do Grupo da Medicina Natural das Caritas da Guiné-Bissau disse que não pode avançar nenhum pormenor se receia ou não a utilização desses remédios, porque não tem nenhum juízo sobre o produto em causa, mas esclareceu que, em princípio, os medicamentos tradicionais da medicina natural “não é que sejam prejudiciais à saúde”, porque “se preparado em condições higiénicas corretas, normalmente não causa prejuízos para a saúde”, admitiu.
“Com certeza, se tiver sido feita na base da Artemísia e em quantidade certa pode ter bons elementos de reforço do sistema imunitário”, notou.    
Questionada se é preciso rigorosamente a aprovação da OMS para o consumo de um medicamento natural, Monica Canavesi revelou que os medicamentos das Caritas da Guiné-Bissau nunca tiveram uma aprovação científica, portanto não pode falar nada a respeito.
A Coordenadora do Grupo da Medicina Natural admitiu que a única solução para eliminar definitivamente o vírus do Covid-19 “parece ser uma vacina”, mas sublinhou que isto não afasta outras hipóteses de tratar os sintomas da doença com recurso a outros medicamentos modernos já utilizados e medicamentos tradicionais que poderão complementar o tratamento, nomeadamente: a Artemísia, o Alho e a Moringa (Nené Badadji).
“Não posso confirmar que seja uma cura, mas pode ajudar o organismo da pessoa a enfrentar qualquer infeção, constipação e a febre comum, uma doença mais agressiva”, frisou, alertando que nesse momento o grupo não dispõe de nenhum plano ou um projeto para a concepção de medicamentos caseiros para ajudar no tratamento da doença (Covid-19), apenas fez a questão de semear as últimas sementes da Artemísia que tinha e que ainda precisam crescer.
Como possível alternativa, aconselhou o uso da Moringa (Nené Badadji) e do Alho para o reforço do sistema imunitário, “é a mensagem que o grupo da medicina natural sempre tem passado às pessoas”, salientou.
“O Alho pode ser utilizado normalmente na comida, também misturando mel com alho. Quer dizer: cortar o alho, colocá-lo dentro de um frasco e deixa-lo e depois comer uma colherinha cada dia. A Moringa pode-se utilizar de muitas formas: secar as folhas e moe-las e a cada dia pôr uma colher desse pó na comida, porque para além de reforçar o sistema imunitário tem muita vitamina e ferro, que ajudam o organismo a ficar bem”, detalhou a especialista.
Sabe-se que a Covid-19 nem sempre ataca com sintomas e as pessoas assintomáticas são tidas como as mais perigosas na propagação da doença. Sobre essa preocupação, realçou que apesar de as pessoas assintomáticas revelarem um bom sistema imunitário para enfrentar a doença porque não desenvolvem sintomas, mas “é bom reforçar sempre o sistema imunitário, utilizando um desses tratamentos da medicina tradicional”.  
Para Monica Canavesi, o que lhe parece ser ideal nesse momento é que é chegada a hora de os guineenses ganharem a consciência e afastar a ideia de que o vírus não existe, “existe, sim, e é real” e seguir todas as orientações da OMS e das autoridades sanitárias sobre o distanciamento social de um metro ou mais, o uso obrigatório das máscaras faciais, a lavagem das mãos com água e sabão, lixívia ou gel desinfetante, porque “os casos estão a subir e num dado momento o sistema sanitário não terá a capacidade de dar resposta à pandemia”, alertou.
Por: Filomeno Sambú/Assana Sambú

Conosaba/odemocratagb

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