O embaixador da Guiné-Bissau na Praia, Mbála Fernandes, está a acompanhar com alguma apreensão o modo como vários cidadãos guineenses têm sido barrados nos aeroportos cabo-verdianos por não possuírem documentação completa, defendendo uma “política pública especial” para esta comunidade.
“Não há dia, não há voo em que não me liguem a dizer: não entraram três, quatro pessoas”, disse o embaixador, em entrevista à agência Lusa. ”
O diplomata refere-se aos guineenses que tentam entrar em Cabo Verde, mas que são impedidos pelas autoridades por falta de documentação.
A forma como algumas revistas no aeroporto terão sido feitas, relatadas em vídeos publicados nas redes sociais, levou a Embaixada da Guiné-Bissau em Cabo Verde a emitir um comunicado apelando à serenidade dos cidadãos, e a recordar que se trata de dois países “irmãos”.
A mensagem não foi muito bem-vinda para todos, e criou comentários descontentes por parte de guineenses que não entendem estas dificuldades na entrada em Cabo Verde, uma vez, que os cabo-verdianos não enfrentam estas complicações ao entrarem na Guiné-Bissau.
“Queixam-se de maltrato, de desumanização no aeroporto”, acrescentou Mbála Fernandes, reconhecendo que o problema começa na Guiné-Bissau.
Na opinião de Mbála Fernandes, trata-se de “falta de informação” e, por isso, a embaixada já enviou várias notas ao ministério para “instruir os viajantes sobre o que é preciso para entrar em Cabo Verde”.
O diplomata garante que já informou as autoridades sobre o que se passa nos aeroportos, nomeadamente o ministro da Administração Interna e o ministro dos Negócios Estrangeiros.
Edição: Narciso Drake
Fonte: Notícias ao minuto
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