A Missão de Alto Nível da CEDEAO terá sido expulsa da Guiné-Bissau pelo Presidente Cessante da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, mas avisa que a missão apresentará o seu relatório ao Presidente da Comissão da CEDEAO, Omar Alieu TOURAY, incluindo a sua proposta sobre como encontrar um roteiro consensual para a realização das eleições inclusivas e pacíficas em 2025.
“A Missão partiu de Bissau no início da manhã de 1° de março, após ameaças de Umaro Sissoco Embaló para expulsá-la” lê-se no comunicado consultado pelo O Democrática, assinado pelo chefe da missão, embaixador Bagudu HIRSE.
A missão informou que preparou um projeto de acordo sobre o roteiro para a condução das eleições legislativas e presidenciais em 2025 e começou a apresentá-lo as partes interessadas para o seu consentimento. Contudo, terá sido explicada, sob a “ameaça de Chefe de Estado cessante”.
A Comissão diz que realizou as consultas com uma ampla gama de partes interessadas nacionais, incluindo autoridades, atores políticos, entidades de gestão eleitoral e representantes da sociedade civil, bem como parceiros bilaterais, regionais e internacionais, tendo tomado nota das questões e preocupações levantadas pelas partes interessadas durante as consultas e elogia o compromisso de todas as partes interessadas com o diálogo político para promover um amplo consenso sobre um roteiro para a condução das eleições legislativas e presidenciais em 2025.
Por fim, a missão apela a todas as partes interessadas e cidadãos para que continuem a manter a calma e defender a paz e a tranquilidade no país.
A Guiné-Bissau está “mergulhada numa crise política”, desde a “dissolução prematura” do Parlamento, seis meses depois da sua constituição em dezembro de 2023. Os debates políticos intensificaram-se em 2024, onde os atores políticos manifestaram opiniões divergentes quanto ao fim do mandato presidencial na Guiné-Bissau. Os opositores de Umaro Sissoco Embaló falam em 27 de fevereiro de 2025 enquanto Sissoco Embaló e os partidos políticos que o apoiam falam em 4 de setembro.
No dia em que começava a missão do alto nível da CEDEAO, o presidente da República cessante, Umaro Sissoco Embaló, anunciou que convocaria as eleições presidenciais e legislativas para 30 de novembro, apesar de a lei eleitoral guineense fixar, regra geral, o período entre 23 de outubro e 25 de novembro para a realização de eleições.
Por: Tiago Seide
Conosaba/odemocratagb.
Sem comentários:
Enviar um comentário