A Diretora do Banco Central dos Estados de África Ocidental (BCEAO) afirmou hoje que os resultados das contas externas do país, em 2023, indicam um saldo global deficitário de 23,1 mil milhões de francos cfa, após um déficit 63,8 mil milhões de francos cfa em 2022.
Zinaida Maria Cassama falava no âmbito da jornada de divulgação de contas externas da Guiné-Bissau referente ao ano 2023.
A responsável adiantou ainda que esses resultados evidenciam a importância de aprofundar as reformas económicas e de diversificar as fontes de receitas externas de forma a reduzir a vulnerabilidade do país perante choques externos.
“ Em primeiro lugar, elegemos na nossa lista de prioridades, a diversificação das exportações. É imperativo, apoiar os setores produtivos nacionais que tenham potencial para gerar mais valias como a transformação agro-industrial, as indústrias extrativas e o turismo sustentável. Ao fazê-lo, estaremos a reduzir a nossa vulnerabilidade face as oscilações dos preços das comodities nos mercados interanionais, disse.
Contudo, sublinhou que as perspetivas são positivas com as esquemativas a apontarem para um saldo positivo da balança do pagamento de cerca de 11 mil milhões de francos cfa para o ano 2024, acrescentando que esta tendência deverá manter em 2025 sob a reserva de uma boa campanha de comercialização da castanha de caju.
“ Vários desafios nos interpelam num contexto internacional caracterizado por incertezas persistentes, no entanto, as perspetivas são são positivas com as esquemativas a apontarem para um saldo positivo da balança do pagamento de cerca de 11 mil milhões de francos cfa para o ano 2024. Esta tendência deverá manter em 2025 sob a reserva de uma boa campanha de comercialização da castanha de caju. Insisto ainda que sobre a importância e necessidade de se garantir o repatriamento das receitas de exportação, fator essencial para a nossa união”, concluiu a Diretora Nacional.
Por sua vez, o ministro das finanças Ilidio Vieira Té afirmou que, em 2023, o crescismento do Bruto Interno Bruto, situou-se em 4,4% neste ano, abaixo de 5,6% registado no ano 2022.
“ (…) o ano 2023 decorreu num cenário internacional desafiador, marcado pelas pressões inflacionistas persistentes, uma elevada volatilidade nos mercados globais. Estes fatores exerceram um impacto consideravel na economia nacional, refletindo na balança de pagamento e na evolução da transação comercial com exterior. Deste modo, o crescismento do Bruto Interno Bruto, situou-se em 4,4% e 2023, abaixo de 5,6% registado no ano 2022”, disse adiantando que refletindo o desafio da conjuntura económica, a inflação media anual manteve-se elevado atingindo 7,7%, o que impactou o poder da compra da população e o custo das importações.
Em termos de conclusão, segundo a BCEAO, ano 2023 ficou marcado pela desaceleração do ritmo de crescimento economico, restrições de políticas monetárias, forte pressão inflacionista e o conflito na Europa e médio Oriente.
Por. Nautaran Marcos Có
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