quinta-feira, 18 de maio de 2023

SAÚDE PÚBLICA 19ª Equipa médica chinesa: CHINA PROMETE CONTINUAR A COOPERAR COM A GUINÉ-BISSAU NO SETOR DA SAÚDE

O Embaixador da República Popular da China na Guiné-Bissau, Gu Ce, anunciou na terça-feira, 16 de maio de 2023, que, no futuro, o seu país vai continuar a desenvolver a cooperação nos setores da saúde e medicina com a Guiné-Bissau, através de doações de medicamentos, materiais hospitalares, formação de quadros, estabelecimento de mecanismos hospitalares de contrapartida, promovendo a saúde e o bem-estar para o povo guineense.

O diplomata fez esse anúncio na receção da décima nona equipa médica chinesa de 18 médicos especialistas à Guiné-Bissau, que coincidiu com as comemorações do sexagésimo aniversário da assistência médica externa da China à África.

O ato marca a primeira atividade que a embaixada realiza depois da pandemia de novo coronavírus (Covid-19).

A cerimónia de receção dos médicos, que teve lugar na Embaixada da China em Bissau, foi testemunhada pelo primeiro-ministro, Nuno Gomes Nabian, pelo ministro da Saúde Pública, Dionísio Cumba, pelo Chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas, General Biaguê Na N´Tan, de diferentes estruturas dessas entidades e a equipa do hospital Militar.

Em relação à Guiné-Bissau, dados indicam que a primeira equipa de seis médicos de assistência médica chinesa ao país chegou em 1976. Dessa data a esta parte a China já enviou 283 médicos especialistas.

O grupo que acaba de ser apresentado é a décima nona equipa médica chinesa que o país recebe. As equipas anteriores e esta trabalharam e trabalham nos hospitais Nacional Simão Mendes, no hospital regional de Canchungo e no hospital Militar Sino-Guineense.

Esses médicos, segundo os dados divulgados pelo chefe do governo da Guiné-Bissau, Nuno Gomes Nabian, realizaram sete mil e duzentos e vinte sete cirurgias, trataram cerca de duzentos mil pacientes, para além de quatrocentas e seis atividades de intercâmbio académico realizadas e doaram medicamento e equipamentos médicos aos hospitais na Guiné-Bissau, num valor superior a 18. 5 milhões yuan.

Na sua intervenção, o embaixador Gu Ce anunciou que a Primeira-dama da China lançou uma iniciativa conjunta com as Primeira-damas africanas para o desenvolvimento, por ocasião do dia mundial das crianças, 1 de junho.

“Esperamos que a equipa médica chinesa possa herdar e desenvolver as boas tradições e contribuir para o desenvolvimento da cooperação entre os dois países em saúde e medicina, aprofundando a amizade entre a China e a Guiné-Bissau”, enfatizou, anunciando que a Primeira-dama da China lançou uma iniciativa conjunta com as Primeira-damas africanas para o desenvolvimento, por ocasião do dia mundial das crianças, onde deverá visitar as crianças carenciadas da África, dar-lhes consultas físicas e distribuir-lhes ajudas.

Neste quadro, afirmou que a Embaixada e a sua equipa já estão a estabelecer contatos com o gabinete da Primeira-dama da Guiné-Bissau para desenvolver essas atividades. Estamos dispostos a trabalhar e contribuir para a saúde e o bem-estar das crianças africanas.

Lembrou que este ano marcou o sexagésimo aniversário de envio das equipas médicas chinesas de ajuda externa, realçando que fecha um capítulo “muito importante” na história da assistência externa da China, desde que a primeira equipa chegou à Argélia em 1963.

Enfatizou que a China tem ajudado os países em via de desenvolvimento a aumentar o nível de saúde, melhorar as suas condições de saúde pública com ações concretas, demonstrando o seu compromisso de um grande país que está preocupado com a situação dos direitos humanos, porque “o povo chinês ama a paz e valoriza a vida”.

Por sua vez, o primeiro-ministro, Nuno Gomes Nabian lembrou que durante estes 60 anos, a China, depois de em 1963 ter enviado a primeira equipa médica chinesa de solidariedade aos povos amigos, foi consequente, enviando mais de trinta mil médicos para 76 países e regiões em todo o mundo, para fornecer tratamento médico e diagnóstico a mais de duzentos e noventa milhões de pacientes.

“Quando o Ébola atacou a África Ocidental, a China enviou mais de mil e duzentos médicos que trataram mais de oitocentos pacientes e deu formação em saúde pública a mais de doze mil pessoas, bem como enviou, depois da pandemia da Covid-19, trinta e sete equipas a trinta e quatro países”, frisou.

Por: Filomeno Sambú
Foto: F.S
Conosaba/odemocratagb

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