A Secretária Executiva Adjunta e Porta-voz da Comissão Nacional de Eleições (CNE), Felizberta Moura Vaz, afirmou que a sua instituição já tem todos os materiais disponíveis e colocados nas regiões para realizar o escrutínio do próximo domingo, 04 de junho.
“A CNE iniciou a distribuição dos kits desde a semana passada e já terminamos a colocação dos materiais nas regiões, em todo o território nacional. Só faltava a Espanha e a França, mas neste momento já está a caminho e dentro de algumas horas os materiais chegarão ao destino. Algumas regiões estão a terminar a redistribuição para setores e secções, portanto significa que em termos logísticos tudo está pronto para a votação do dia 04 de junho” assegurou a porta-voz na entrevista exclusiva ao Jornal O Democrata para falar dos preparativos das eleições de domingo, bem como das dificuldades que a instituição enfrenta concernentes ao déficit para cobrir todas as despesas logísticas da eleição.
Questionada se a caducidade do Secretariado Executivo, criticado fortemente pelos partidos, não colocará em risco a credibilidade da eleição, respondeu: “com muito respeito, eu não quero pronunciar-me sobre isso”.
“Você está aqui na Guiné e sabe que isso foi debatido a nível nacional, inclusive houve um processo judicial que já terminou. Eu não quero entrar em pormenores acerca desta questão, peço desculpas!”, assegurou.
Sobre a ausência do presidente da CNE e se a mesma não dificulta o funcionamento do plenário daquela instituição, disse que não quer pronunciar-se sobre o assunto, porque é uma situação debatida a nível nacional. Acrescentou que o foco da direção da Comissão Eleitoral é organizar a eleição do dia 04 de junho.
Felizberta Moura Vaz explicou que a CNE realizou a seleção dos membros da assembleia de voto há duas semanas, avançando que os nomes já foram publicados e distribuídos para as respetivas mesas.
“GOVERNO CONSEGUIU ATRAVÉS DA BANCA COBRIR O DÉFICIT DA LOGÍSTICA DA ELEIÇÃO”
Solicitada a pronunciar-se sobre o déficit que preocupava as autoridades para cobrir as despesas logísticas das eleições, disse que o déficit já está coberto, porque o governo recorreu aos bancos comerciais, tendo sublinhando que falta apenas o valor prometido pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental que vai cobrir a parte em falta.
“A CEDEAO prometeu que ainda hoje pode resolver o problema. O valor que levou o governo a recorrer à banca se estima em 1.1 mil milhões de francos cfa. E a parte que a CEDEAO vai disponibilizar vai cobertura geral do valor que está a faltar. A CEDEAO vai apoiar com um valor estimado em 300 milhões de franco CFA” disse, afirmando que para garantir a operação já têm praticamente 1.1 mil milhões de FCFA, que cobrirá praticamente toda a operação.
Relativamente às reivindicações de dívidas das eleições passadas cobradas pelos membros não permanentes, explicou que, aquando da discussão do orçamento da CNE, tinham colocado aquele valor para os membros não permanentes, “porque nós entendemos que, a partir do momento em que tomaram posse e constituíram o plenário e membros do secretariado, são eles que ajudam a gerir a eleição”.
“No nosso entendimento aquele valor era o tipo de senha que recebiam como apoio para despesas de transportes e alimentação, mas o governo entendeu que não tem dinheiro e que cada partido deveria assumir as despesas do seu representante, retirando assim aquele valor do orçamento”, esclareceu.
Explicou ainda que a nível do plenário da Comissão Nacional de Eleições contam com 22 representações de partidos e duas coligações, tendo frisado que os partidos não conseguiram cobrir todas as regiões, e enfatizou que compreende-se essa situação, porque nem todos os partidos conseguiram candidatar-se em todas as regiões.
“Até ontem estávamos a receber documentos das pessoas que vão constituir o plenário da Comissão Regional de Eleição, mas ainda há tempo e acho que antes do dia da votação antecipada, quinta-feira, 01 de junho, vão estar completos”, contou.
A porta-voz da CNE aproveitou a ocasião para apelar aos eleitores para irem votar, porque só votando é que se pode constituir uma nação.
Exortou os partidos políticos a colocarem os seus representantes nas respetivas mesas da assembleia de voto, tendo acrescentado que os partidos podem levar mais de um representante (fiscais) ou dois para poderem substituírem-se e desta forma acompanhar todo o processo desde a abertura das urnas e até ao fecho das mesmas.
Por: Assana Sambú
Conosaba/odemocratagb
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