O advogado português Fernando Seara defendeu hoje a estabilidade na Guiné-Bissau, para que o país possa aproveitar as suas potencialidades, nomeadamente no setor turístico, qualificando o arquipélago dos Bijagós como as "Caraíbas de África".
Comentador desportivo e antigo presidente da Câmara Municipal de Sintra, eleito pelo PSD, Fernando Seara está em Bissau no âmbito do lançamento da campanha eleitoral do Movimento Alternância Democrática (Madem-G15).
Seara disse à Lusa que está em Bissau "na qualidade de amigo" do líder do Madem-G15, Braima Camará, que concorre ao cargo de primeiro-ministro.
À margem das jornadas da juventude do partido, o político e professor universitário abordou o que disse serem os caminhos que a Guiné-Bissau deveria tomar a partir das legislativas de 4 de junho, criando primeiro estabilidade, passando pela confiança para aproveitar as potencialidades do país.
Nesse aspeto, apontou o setor do turismo e as ilhas Bijagós como o principal atrativo ao investimento que, observou, "deve e pode interessar" a Portugal.
O académico português deu o exemplo de Ponta Achada, um 'resort' na ilha de Rubane, uma das 88 ilhas dos Bijagós para "testemunhar as potencialidades impressionantes" da Guiné-Bissau.
"Eu estive, por exemplo na Ponta Anchaca, é um 'resort' do outro mundo (...) eu até escrevi que estive nas Caraíbas da África", afirmou Fernando Seara, que destacou ainda o facto de a Guiné-Bissau "estar só a quatro horas de Lisboa" de avião.
Fernando Seara avançou à Lusa ter já falado com um grupo empresarial português para investir na Guiné-Bissau, que apenas aguarda pela realização das eleições em junho.
O advogado português sugeriu ainda aos futuros governantes guineenses o pragmatismo para aproveitar não só as potencialidades no setor do turismo, mas também na produção de energia a partir do sol e de matéria orgânica.
Fernando Seara elogiou igualmente o clima de confiança que a Guiné-Bissau começa a reconquistar a nível internacional, dando como exemplo a aprovação de um programa de assistência pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), mas também apelou para que o país adquira maior estabilidade.
"Agora é preciso demonstrar e evidenciar essa confiança que é fundamental para o investimento quer para os financiamentos públicos, quer para a atratividade, quer para o financiamento privado", notou Seara.
Conosaba/Lusa
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