quinta-feira, 16 de março de 2023

Trabalhadores da CNE da Guiné-Bissau denunciam falta de meios a poucos meses de eleições

Foto/arquivo
O presidente do sindicato de base dos trabalhadores da Comissão Nacional de Eleições (CNE), Fernando Borja Monteiro disse hoje que os funcionários da instituição eleitoral estão preocupados com a falta de meios a poucos meses das legislativas.

“Estamos praticamente a 79 dias das eleições legislativas e a CNE não tem nenhum fundo de maneio, por exemplo, dinheiro proveniente do Orçamento Geral do Estado para custear o funcionamento da CNE, nomeadamente para compra de papel, tóner, combustível e pagamento de Internet”, referiu à Lusa Borja Monteiro.

O sindicalista afirmou também que o Governo não disponibilizou uma verba consignada à CNE que, “normalmente” acontece seis meses antes das eleições, que serve para subsidiar o trabalho dos funcionários da instituição em Bissau e nas comissões regionais eleitorais.

O presidente do sindicato enaltece o esforço do Governo ao ter custeado o processo de recenseamento eleitoral, mas exortou sobre a necessidade de serem disponibilizadas verbas “para garantir o normal funcionamento até às eleições”, marcadas para 04 de junho.

Fernando Borja Monteiro disse que o sindicato esteve reunido com o secretariado executivo da CNE, a quem apresentou a sua preocupação, tendo recebido indicações de que ainda aguarda pela resposta do Ministério das Finanças.

O presidente do sindicato de funcionários da CNE lamentou que a falta de verbas esteja a dificultar os trabalhos, dando como exemplo a ausência da educação cívica dos eleitores, conforme tem sido prática em eleições passadas.

Em comunicado, o sindicato admite entregar um pré-aviso de greve se dentro de 15 dias não houver uma resposta por parte do Governo.

Questionado sobre esta possibilidade, o presidente do sindicato dos trabalhadores da CNE afirmou que “tudo é possível”, mas salientou ser determinação dos colaboradores da instituição tudo fazer para que as eleições tenham lugar na data marcada pelo Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló.

Conosaba/Lusa

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