O chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas guineenses, Biaguê Na N´Tan, alertou que o terrorismo não só coloca em causa a segurança dos povos dos Estados membros da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), como também a soberania das forças armadas desta comunidade. Na N’tan pediu a imediata prontidão e capacidade de respostas satisfatórias de todos os quadrantes, sustentando, neste particular, que o mundo enfrenta momentos difíceis devido ao fenómeno de insegurança assente no terrorismo, pondo em causa a paz, a segurança e a estabilidade na África Ocidental .
A preocupação foi levantada esta segunda-feira, 13 de março de 2023, na abertura da reunião dos chefes das Forças Armadas da Comunidade Económica de Estados da África Ocidental (CEDEAO), realizada em Bissau, para aprovar propostas de planos de combate ao terrorismo delineadas pelos chefes das operações e da logística militar de quinta a domingo.
Lembrou por isso que na sessão extraordinária de 19 dezembro de 2022 realizada em Bissau foram adotadas duas opções para a consecução de uma operação cinética, persistente na persecução para as missões de busca e destruição, proteção das populações civis e segurança de locais e infraestruturas alvos de ataques de grupos terroristas.
“Essa estratégia consiste na implementação de capacidade crítica, isto é, a inteligência , apoio com a intervenções áreas e logística, comando, orientações, formação e treino para o bem-estar dos Estados membros”, disse defendendo a imediata implementação de sinergias para a criação de forças de alerta na luta contra o terrorismo na CEDEAO, bem como e o restabelecimento da ordem constitucional .
O chefe de Estado Maior General das Forças Armadas guineenses disse que cabe aos oficiais de operações da organização sub-regional , a missão de planificação e aprovação dos resultados dos trabalhos realizados , enquanto membro do comité dos chefes de estado maior das forças armadas da CEDEAO.
Por sua vez, o ministro de Estado da defesa nacional e combatentes da liberdade da pátria, Marciano Silva Barbeiro, convidou os chefes das Forças Armadas da CEDEAO para uma reflexão profunda, séria e honesta e detalhada das realidades de cada Estado membro.
Assegurou que a Guiné-Bissau vai continuar a trabalhar com a CEDEAO na procura de soluções conjuntas para criar condições de segurança e estabilização de todos os Estados membros.
“A segurança e a estabilidade de cada um dos Estados da comunidade, a CEDEAO, terá o seu reflexo nos membros e o impacto positivo na segurança e estabilização de outros Estados membros”, frisou.
A CEDEAO, atualmente presidida pelo chefe de Estado guineense, Umaro Sissoco Embaló, é composta por 15 países: além dos lusófonos Guiné-Bissau e Cabo Verde, Benim, Burkina Faso, Costa do Marfim, Gâmbia, Gana, Guiné-Conacri, Libéria, Mali, Níger, Nigéria, Serra Leoa, Senegal e Togo.
Por : Filomeno Sambú
Foto: FS
Conosaba/odemocratagb
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