Os estudantes da Universidade Amílcar Cabral (UAC) exigiram a inspeção rigorosa dos docentes da universidade e a declaração do novo ano letivo 2021/2022, caso contrário ameaçam desencadear uma onda de marchas para fazer valer os seus direitos.
As exigências foram tornadas públicas esta sexta-feira, 8 de abril de 2022, pelo presidente da Associação Académica da UAC, Juviecson Nuno Correia, que denunciou que a falta de organização interna da administração da Universidade Amílcar Cabral está a colocar em risco o futuro dos estudantes da única universidade pública da Guiné-Bissau.
Os estudantes denunciam ainda que o atraso no início de aulas do novo ano letivo e o encerramento do ano anterior, que terminou em janeiro deste ano, deve-se à retenção das fichas de avaliação pelos professores que alegam falta de pagamento.
Segundo o presidente da Associação, depois de várias diligências sobre várias situações da universidade, foram informados de que o novo ano escolar iniciará no próximo dia 11 de abril em curso.
Correia disse duvidar se a reitoria estaria em condições de cumprir essa data, sem a publicação das notas e sem que os estudantes com recursos tivessem feito os exames.
Por estes fatos, ameaçam promover marchas pacíficas para exigir que as notas sejam divulgadas e que o novo letivo seja declarado aberto.
“Para além da divulgação dos resultados dos estudantes, na biblioteca temos livros que não correspondem com os cursos, o laboratório para cursos sensíveis que requerem aulas teóricas e práticas não funciona, um plano curricular para determinar cadeiras de cada curso não existe “, disse, denunciando que pagam mais propinas que as outras escolas superiores públicas, mas têm menos condições administrativas que todas.
Juviecson disse que Associação Académica não vai permitir que os direitos dos estudantes sejam postos em causa, tendo exigido que a inspeção dos professores funcione, denunciando que professores licenciados noutras universidades estão a lecionar aos estudantes de licenciatura.
O Democrata soube que a UAC funciona com 9 cursos e ainda não foi nomeado novo reitor para substituir o antigo reitor e atual ministro da Ensino Superior e Investigação Científica.
Por: Filomeno Sambú
Conosaba/odemocratagb
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