Bissau, 29 Abr 22 (ANG) – Os partidos políticos agrupados no Espaço de Concertação Democratica, acusaram quarta-feira o Presidente da República Umaro Sissoco Embaló de violação da Constituição do país com a vinda de uma força militar da CEDEAO.
Acusação foi feita, pelo líder da União para Mudança(UM), Agnelo Regala a margem da cerimónia de entrega do prémio literário “Guerra Junqueira” a dois escritores Guineenses, nomeadamente Abdulai Sila e Tony Tcheka, em reação sobre a vinda ao país dos militares da CEDEAO, cujo o primeiro grupo já se encontra na Guiné-Bissau, para garantir a manutenção da segurança e paz no país.
“Em primeiro lugar, nos não comprendemos, o porquê que CEDEAO respondeu a favor de um pedido de quem escoraçou essas forças no país para poder assumir o poder”, disse.
Em segundo lugar, conforme Agnelo Regala “o Presidente, mais uma vez, violou a Constituição da Republica, que é o pilar da Democracia e de um Estado de Direito Democratico”.
Regala sustentou que o Chefe de Estado guineense deveria perguntar ou informar a Assembleia Nacional Popular para seu pronunciamento sobre o assunto, mas diz que isso não aconteceu.
“Portanto, estamos já habituados aos atropelos a Lei e a Constituição por parte do Presidente guineense e que isto é um facto que vai manchar as relações ao nível das diferentes instituições do país”, disse.
O líder da União para Mudança disse que, enquanto deputados, vão pronunciar-se sobre o assunto, porque o que está a acontecer é “a revelia da Constituição e das leis”.
“Ou seja “é uma ocupação ou invasão ao nosso território nacional”, pelo que como guineenses e patriotas vamos defender a soberania e a independência da Guiné-Bissau”, afirmou.
Na sequência da tentativa de golpe de Estado, do dia 01 de Fevereiro, a CEDEAO decidiu enviar ao país uma uma força militar para a manutenção da paz.
Conosaba/ANG/LPG/ÂC//SG
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