Os citadinos de Bissau exigem o governo a diligenciar-se o mais rápido possível para a suspensão da greve de três dias convocada pelo sindicato de Base da Empresa da Eletricidade e Água da Guiné-Bissau (EAGB), porque temem pelo pior.
Os citadinos pedem a tomada de decisão concreta por parte do governo, porque, segundo dizem, a greve está a ater um impacto negativo nas suas atividades quotidianas.
As exigências foram registadas, esta quarta-feira, no primeiro dia da greve, durante uma ronda que a RSM fez a empresa da Eletricidade e Água da Guiné-Bissau, para constatar a prestação dos serviços mínimos.
As pessoas que estiveram nas instalações da EAGB a procura dos serviços da empresa EAGB lamentaram o fato porque os seus produtos estão a estragar.
“Se não nos permitem ter dívidas com a EAGB porquê vamos ficar sem água e luz. Exigimos que o Estado resolva esta situação porque estamos a perder dinheiro com o nosso negócio. Que o governo faça o máximo possível para resolver esta situação. No bairro d´Ajuda desde segunda-feira não temos nem água e nem luz mas esta situação não pode prevalecer”, dizem as pessoas ouvidas pela RSM.
Durante a nossa estada nas instalações da EAGB, a RSM constatou que as portas estavam fechadas e era possível ver as forças polícias colocadas em diferentes postos de transformações de Bissau.
Banca disse que a colocação das forças polícias em diferentes postes de transformação da EAGB é uma falta respeito porque “já tínhamos avisado que não vamos cortar a energia e o nosso objetivo é alertar o governo para que tomem em conta a situação da EAGB”.
“Colocaram polícia em todas as postes de transformação de polícia. Se realmente quisermos cortar a energia não seremos impedidos pelos policiais porque, aqui é onde trabalhamos e sabemos como tudo isso funciona”, sustenta.
Ainda em entrevista à RSM, o presidente do sindicato de Base da EAGB, Mário Banca, disse que as forças de segurança foram colocadas pelo próprio governo. Como condição para a suspensão da greve, Mário Banca aponta a obrigatoriedade da inscrição de todos os funcionários no Instituto Nacional da Segurança Social.
“Neste momento temos os nossos colegas que sofreram acidente e estão no hospital mas, estão sem ajuda de custo porque não estão inscritos na segurança social e, também existem colegas com idade de reforma mas isso também não será possível porque não estamos regularizados na segurança social”, disse.
O Sindicato de Base da empresa EAGB revelou à RSM que caso as suas exigências não forem atendidas, atá na sexta-feira, vão avançar com um novo pré-aviso de greve que desta vez vai durar sete (7) dias.
A greve dos funcionários não afeta diretamente o fornecimento da luz e água em Bissau mas, informações confirmam que, como a luz é fornecida pela empresa privada, em caso de alguma avaria a situação não poderá ser resolvida. Este fato já está a ser sentido, porque em alguns Bairros de Bissau, como Cintra, bairro Militar, São Paulo e Antula estão sem luz e água desde ontem.
Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos/radiosolmansi com Conosaba do Porto
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