sexta-feira, 6 de agosto de 2021

COMISSÃO DA ANP PARA SEGURANÇA DEFENDE QUE NINGUÉM DEVE SER PROIBIDO DE OPINAR

 

O presidente da Comissão Especializada da Assembleia Nacional Popular (ANP) para a área da Defesa e Segurança, José Carlos Macedo Monteiro,  afirmou que ninguém deve ser proibido de exercer as suas funções ou de emitir opinão sobre assuntos do país, num Estado democrático.

“Se quisermos que o nosso país tenha sucesso, não devemos intimidar as pessoas, por emitirem suas opiniões”, sublinhou. 

José Carlos Macedo Monteiro falava depois da audiência com o líder do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo-Vede (PAIGC), Domingos Simões Perreira, impedido de viajar para exterior pelo Ministério Público, e o ativista e comentador político, Luís Vaz Martins, que sofreu tentativa de um alegado assassinato, denunciado pela Liga Guineense dos Direitos Hunamos (LGDH).

O Deputado da Nação sublinhou que a audiência  com o líder do PAIGC foi na sequência de uma denúncia anónima feita por  um dos deputados, sobre “rumores” da existência de uma suposta lista  negra no Aeroporto de Bissau.

“Deslocamo-nos ao Aeroporto Osvaldo Vieira para averiguar a veracidade dessas denúncias e rumores sobre a existência  de uma lista com nomes  das pessoas que não podem sair do país, mas não encontramos nada”, assegurou José Carlos Macedo Monteiro.  

À saída da audiência, o  presidente do PAIGC disse aos jornalistas que estão a ser subtraídos os direitos e a liberdade fundamentais aos cidadãos, que “é muito grave”.

Domingos Simões Pereira que “ é uma mentira”, quando a Procuradoria-Geral da República invocou os três processos que “não existem” e também dizendo que a ANP teria agendado uma sessão extraordinária onde seria  discutido o levantamento da sua imunidade parlamentar.

LUÍS VAZ MARTINS ACUSA UMARO  SISSOCO EMBALÓ DE TENTATIVA DE ASSASSINÁ-LO

O ativista e comentador político, Luís Vaz Martins, acusou o Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, da tentetiva de assassinato.

“Fui seguido por indivíduos num carro de vidro escuro de  matrícula estrangeira, concretamente senegalesa. Perseguiram-me no sentido de provocar um acidente para poder justificar de que não foi um acidente provocado”, afirmou e disse que depois de ter chegado à sua residência apareceu um carro de vidro escuro que bateu no  seu três vezes.

“Não morri porque fui socorrido por pessoas, depois de o meu carro despistar-se devido a um pneu que tinha furado”, disse.

O antigo presidente da LGDH acusa o Ministério do Interior de pouco ou nada ter feito para o proteger, depois de sofrer tentativa de assassinato.

“Isto só tem significado: a população não está protegida, um Estado deve ser o protetor dos cidadãos”, sublinhou.

Por: Noemi Nhanguan

Foto: N.N

Conosaba/odemocratagb

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