segunda-feira, 16 de novembro de 2020

PARABÉNS, DJURTUS!


Por: yanick Aerton

DJURTU ICA MANGASSON, DJURTU I RAÇA FIDALGO, FORÇA DE DJURTU INA PḖ HOOO.

CA BO CUDI NINGUIM HOO, PABIA BOLA I RODONDO SUMA NUNCA NOMIS CATA DJUGA, BO CONTINUA FASSI EXFORÇO PA NO GUINE,

Depois de uma boa exibição da nossa equipa nacional de futebol, não podia ficar de braços cruzados sem expressar a minha satisfação, manifestar a minha solidariedade e encorajamento.

Os Djurtus fizeram o jogo possível, e se comportaram como verdadeiros PATRIOTAS para defender as cores nacionais.

A Guiné Bissau é um país repleto de grandes potencialidades, em termos de recursos humanos, para a prática do desporto, desde o colectivo (basketball, football, voleyball, etc.) até ao individual (judo, karaté, luta, natação, boxe). Costumo dizer que em cada 10 Guineenses há um Messi, um CR7, mas a falha vem dos sucessivos governos, desde a independência nacional el 1973, situação possível de ser corrigida, se houver vontade política.

Porém, a potencialização desses recursos depende dos indispensáveis apoios que o governo deve prestar as associações desportivas na prossecução dos objectivos que traçam nas suas políticas.

Um desses apoios é a atenção e o acompanhamento das autoridades em relação aos jovens Guineenses nascidos na diáspora, ou levados para lá na idade menor, pensarem no país de origem, por forma a escolherem a defesa das cores nacionais.

Temos que parar e perguntar porque é que os Brumas, os Fatis, os Danilos, etc., não jogam pela equipa da Guine Bissau? Quem tem dúvidas que se esses grandes jogadores fossem Senegaleses, não jogariam noutra equipa que não fosse nos Leões da Teranga?

Nesse particular, o Senegal é um dos países africanos que mais se destaca, daí a razão porque muitos dos seus jogadores que alinham na equipa nacional, nem sequer tinham pisado alguma vez o solo Senegalês antes da sua integração ou falavam o Wolof. Como exemplos, temos o Habib Beye, Djomansi Kamara, Demba Ba, etc.

Em relação aos Mendys e Gomis, que são originários da Guiné-Bissau, só pelo fato de terem nascido no Senegal ou serem levados para lá na idade menor, são convencidos a defender as cores do Senegal. Por outras palavras, a diplomacia senegalesa nesse aspecto é de longe superior a muitos países africanos, porque basta terem conhecimento de um atleta destacado, com o apelido de Seck, Ndiaye, Sal, Sy, Ly, Mendy ou Gomis, é logo contactado e convencido a integrar os Leões.

E é isso que faz a força da equipa nacional senegalesa que, de forma alguma, é superior à nossa, porque se provou ontem no estádio nacional 24 de Setembro, porque não fosse a expulsão do nosso jogador o resultado seria diferente porque o mais que o Senegal poderia conseguir era um empate, mas não sair vitorioso.

Os dois guarda-redes do Senegal são Mandjakus da Guiné-Bissau. O próprio coach cisse, o pai nasceu em Calequisse e tem mais de cinquenta por cento da sua família no país. Outros bons jogadores que atuam nos Blues, equipa da França são nossos, os Mendys, os Gomis, mas o que é que temos feito para atraí-los?

Por isso, aconselha-se ao Governo no sentido de dar todo o apoio necessário à FFGB para terem condições de levar o nosso futebol a um patamar mais alto, porque é possível.

Não sei se há um Guineense conhecedor do futebol capaz de afirmar que na nossa sub-região haja equipas superiores aos Djurtus.

A superioridade das outras equipas consiste precisamente nos apoios que beneficiam dos seus países para conseguirem, para cumprirem com os planos estratégicos traçados pelas respectivas federações.

Como podem os Djurtus produzir mais do que estão a produzir, se não defrontam as outras equipas em torneios de amizade, pá midi força?

Quantos jogos de amizade que os Djurtus fizeram antes deste encontro capital de ontem, ou noutros encontros que realizavam?

Tudo isso são factores que impedem os Djurtus de dar mais daquilo que estão a dar, e é preciso que os Guineenses compreendam isso e continuem a acreditar nos seus meninos.

E chegado o momento de as autoridades mudarem de paradigma e darem todo o apoio necessário à FFGB para criar as indispensáveis condições que permitam a nossa equipa nacional ser mais competitiva, para nos dar a tão adiada alegria – a conquista de uma taça continental.

Rapazes, representaram a Guiné-Bissau com dignidade e continuem nessa senda!

Continuando unidos, VENCEREMOS!

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