Na sua mensagem semanal, o Presidente do PAIGC, Domingos Simões Pereira volta a denunciar os graves problemas de violação dos direitos humanos e a sequência de golpes contra a constituição do nosso país.
PAIGC - I Força di Povo!
O Presidente do PAIGC, Domingos Simões Pereira, denunciou que existe um suposto plano, por parte de alguns países da sub-região, incluindo a Guiné-Bissau, para desestabilizar a República vizinha da Guiné-Conacri.
A Guiné-Conacri, que realiza eleições a 18 de Outubro de 2020, encerrou as suas fronteiras com a Guiné-Bissau e com o Senegal na semana passada.
A decisão estaria ligada, segundo Domingos Simões Pereira, a um movimento, a nível da Costa Ocidental Africana, para pôr em causa o escrutínio na Guiné-Conacri. Denunciou que haveria uma tentativa de condicionar a escolha livre do povo e desestabilizar aquele país membro da CEDEAO.
Ao dirigir-se, esta sexta-feira, 02 de outubro de 2020, aos militantes do PAIGC, na sua página virtual no Facebook, Domingos Simões Pereira disse: “Um presidente, uma pessoa que foi declarada Presidente da República entende que pode declarar apoio oficial a um candidato noutro país e que pode pôr em causa o quadro de estabilidade num país vizinho, ao ponto de estarem a preparar um contingente que vai sair do Senegal, da Serra – Leoa e da Guiné-Bissau para entrar na Guiné-Conacri, a fim de aumentar o número de eleitores que votarão no candidato que apoiam” acusou.
Em relação à Guiné-Bissau, Simões Pereira disse esperar que as novas autoridades estabilizem o país.
“É chegada a hora de provarmos que eu sou hoje, Presidente e serei melhor do que o meu antecessor. Serei melhor que aquela pessoa que podia ser presidente. Isso significa tranquilizar, mobilizar, mostrar o rumo do país e passar em frente no trabalho de mobilização de esforços, determinação e empenho para atingir os objetivos fixados” disse, adiantando que o país pode atingir esse objetivo se o Presidente da República for sinal de união, da paz e tranquilidade e se Assembleia Nacional Popular for principal órgão de legislação.
“Deixemos os tribunais funcionar com liberdade. Deixemos, sobretudo, que o Procurador geral da República seja uma pessoa que moralmente tenha condições de regular a justiça. Uma pessoa que vai ser considerada neutra e equidistante de jogo político – partidário” disse, desafiando os atores políticos a não instrumentalizar as estruturas da sociedade e que sejam capazes de dar oportunidades a si mesmas e dar oportunidades a um arranque fresco para que o povo guineense se reúna e tenha um objetivo que una os guineenses.
Por: Tiago Seide
Conosaba/odemocratagb
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