O governo guineense e a União nacional dos Trabalhadores da Guiné (UNTG) não chegaram a um acordo para o levantamento da greve na Função Pública que deverá começar na próxima segunda-feira (07)
O Patronato e o maior central sindical do país estiveram reunidos, esta quinta-feira (03), na Função Pública, mais de duas horas de tempo para uma contraposta com vista ao levantamento da greve.
Em cima da mesa também estavam os constrangimentos do governo na resolução dos problemas dos trabalhadores guineenses.
O porta-voz dos trabalhadores, José Alves Té, diz que, apesar da reunião, a greve terá lugar na data prevista embora estejam abertos ainda á negociações.
“Reafirmamos que o pré-aviso mantém-se, contudo estamos abertos para negociações mesmo que seja nos últimos minutos. Aguardamos do governo o cumprimento dos pontos já rubricados com os sindicatos. Só pedimos o cumprimento dos pontos já assinados no passado”, sustenta.
O Director-Geral do trabalho e formação profissional, Sumaila Djalo, diz aos jornalistas que o governo pediu um período de moratória 90 dias aos sindicalistas para resolver os problemas justificando que o novo ministro assumiu os trabalhos recentemente.
“Explicamos a eles os nossos constrangimentos no cumprimento dos pontos. Mas reconhecemos a justeza das reivindicações porque é um memorando de entendimento assinado a nível mais alto e os compromissos foram assumidos e publicados no boletim oficial”, avança Sumaila que promete esforços por parte do governo para que a greve não tenha lugar.
A maior central sindical do país ameaça paralisar a administração pública nos próximos dias 7 a 9 do mês corrente.
Para os sindicalistas a solução para a não paralisação da administração pública passa pela aplicação imediata da nova grelha salarial aprovada pelo governo de Umaro Sissoco Embalo, o pagamento integral das dívidas do ano de 2003 aos servidores públicos.
Também um dos pontos em reivindicação é a resolução imediata da situação dos trabalhadores dos correios, a instituição imediata do fundo de pensão e do abono de família para os servidores públicos entre outros.
Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos/radiosolmansi com Conosaba do Porto
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