A subsecretária geral das Nações Unidas, Ana Maria Menéndez, diz que enquanto o país se prepara para as eleições legislativas é crucial os actores políticos e a sociedade civil guineense trabalharem juntos para a consolidação da paz e estabilização
Ana Maria Menéndez que falava, esta sexta-feira (25 de Maio 2018), em Bissau, no acto da abertura do primeiro fórum das mulheres e raparigas guineenses para paz, alerta na urgência da implementação das reformas urgentes para a ajudar a consolidar a paz e a estabilização almejada e para, desta maneira, dirigir o caminho do desenvolvimento sustentável.
“Todos têm que se comprometer como um contrato social que possa assegurar o normal funcionamento das instituições do país e da vida política que conduzam às eleições atempadas e credíveis”, remete.
A subsecretária-geral das Nações Unidas encoraja ainda as autoridades nacionais no sentido de ouvirem mais “atentamente” as vozes da juventude que são barómetros para medir o descontentamento social.
“Nenhum grupo social é mais universalmente importante para a construção da paz e da segurança que os jovens. Precisamente porque os jovens são muitas vezes o barómetro para medir o descontentamento social. As perspectivas para sustentar a paz dependem da habilidade de traduzir este activo demográfico para ser dividendo da paz”, sustenta.
O primeiro-ministro, Aristides Gomes, admite que o actual governo tem discrepância em relação a participação das mulheres e isso reflecte o pouco empenho dos sucessivos governos.
“Há um trabalho árduo a fazer para que possamos ter instituições fortes que possam acompanhar estes movimentos sociais particularmente o movimento social das mulheres”, diz.
O primeiro-ministro diz que as condições estão a ser criadas para que as eleições legislativas tenham lugar em Novembro de 2018 por isso espera-se a colaboração das mulheres guineenses.
Entretanto, Francisca Silva Vaz, coordenadora do Fórum das Jovens e Raparigas para paz, diz que mantém-se a determinação das mulheres da Guiné-Bissau pela promoção do diálogo e da paz.
“As mulheres guineenses provaram a todo o nível que têm potencialidades para lutar e vencer. A luta é árdua e a vitória é não é impossível. As mulheres da Guiné-Bissau vão vencer porque sabem fazer”, determina.
O primeiro fórum junta diferentes organizações femininas e a abertura contou com a participação dos representantes dos partidos políticos. A maioria dos participantes estava vestida de branca e com lenços brancos nas mãos.
Igualmente foi feita a apresentação do relatório dos fóruns regionais e também foram discutidas a contribuição para a criação de um clima de confiança entre os guineenses e a estratégia para a participação activa das mulheres na esfera de tomada de decisão.
Foto e reportagem: Elisangila Raisa Silva dos Santos/radiosolmansi com Conosaba do Porto
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