domingo, 25 de fevereiro de 2018

CONSELHO DE SEGURANÇA EXPRESSA "PREOCUPAÇÃO PROFUNDA" COM GUINÉ-BISSAU


Foto ONU: Rick Bajornas
Conselho de Segurança debate situação da Guiné-Bissau.


Em declaração, órgão pede cumprimento do Acordo de Conacri, que visa o fim do impasse político, e realização de eleições livres e justas; órgão diz estar pronto para utilizar medidas necessárias caso situação piore.


O Conselho de Segurança expressou “preocupação profunda com a crise institucional e política na Guine-Bissau”, em declaração divulgada esta quinta-feira.

O Conselho debateu a situação no país na semana passada. O representante especial do secretário-geral da ONU na Guiné-Bissau, Modibo Touré, e o embaixador do Brasil junto à ONU, Mauro Vieira, que lidera a Configuração da Comissão de Consolidação da Paz das Nações Unidas no país, falaram no encontro.

Pedidos
Segundo o comunicado, a preocupação do Conselho de Segurança “deve-se à falta de vontade dos atores políticos de alcançar uma solução consensual e sustentável.”

Os membros do Conselho pediram aos responsáveis políticos do país que implementem o Acordo de Conacri, denunciando “as ações daqueles que tentam prevenir e obstruir a resolução da crise.” Para eles, o documento continua a ser “a única ferramenta consensual para encontrar uma solução duradoura.”

O órgão da ONU pediu ainda que as eleições legislativas e presidenciais, marcadas para 2018 e 2019, “sejam livres, justas, credíveis, transparentes e incluam a participação total das mulheres.”

Acompanhamento
O Conselho de Segurança elogiou a renovação da missão da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental, Cedeao, no país e a decisão dos líderes militares de não interferir na situação política.

O grupo de 15 Estados-membros expressou a “necessidade de apoio e envolvimento contínuo da comunidade internacional” e destacou o trabalho da Cedeao, União Africana, União Europeia, e Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, Cplp. 

Segundo a declaração, o Conselho vai continuar a acompanhar a situação no país e “está pronto para tomar as medidas necessárias para responder ao piorar da situação.”

Conosaba/Alexandre Soares, da ONU News em Nova Iorque.

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