Aos 40 anos, não fui a minha terra Guiné-Bissau, decidi
quebrar o jejum, fui, tive no meu país a partir de março a maio/2016, após
(dois meses e 14 dias), regressei à Portugal.
Fiquei com profunda tristeza e mágoa, vi o meu país,
custava-me, acreditar, outrora Bissau à (Guiné-Bissau); nos tempos idos, no
estado lastimável e caótico, está completamente destruído. Não existiram
comparações possíveis. Em relações aos outros países africanos, quanto mais
numa aldeia da Europa. O centro de decisões de um país que é capital de um
estado, nada funcionam, clientelismo impera, têm raízes bastante profunda, para
inverter esta pirâmide, têm de contar com todas as forças “telúricas” do País
dos filhos da nação guineense quer na diáspora e quer internamente e sem
exclusão. À Guiné-Bissau deu um passo à retaguarda a 70 anos, neste caso
concreto, passa de um estado para um estado formal. Vão sendo difícil apanhar o
comboio de desenvolvimento se continuarem nestas quezílias.
O Estado está ausente em todo o território nacional, as
nossas populações não sentiram ancoradas e protegidas como um estado de direito
se tratasse e mesmo na diáspora. As simetrias são profundas, inexistente a
coabitação.
Os políticos são os abutres devoram na sua passagem,
delapidam o erário público não são chamados a responsabilidades da sua má
gestão da coisa pública. (Guerrilha frenética sem respeito pela instituição sem
código de conduta na Assembleia Nacional Popular). Que tenham vergonhas!...
Basta!
O Presidente da República abandona à presidência da República
sexta-feira, destino a sua tabanka (Calequisse) e, só voltará ás 11h30, de
segunda-feira com todo o aparato de segurança, começou desde a ponte de João
Landim, em cada 1 km, estiveram dois militares à sua guarda na estrada e
vice-versa até entrada à Canchungo.
Quem pagam estes homens (militares) segurança do PR?!.... Nas
suas (…).
Presenciei, o regresso dele a Bissau, nós estivemos de viagem
de visita em alguns familiares em
Canchungo, perguntei a pessoa que me acompanhou no carro dele, porque estiveram
militares na estrada?!... Dizia-me, laconicamente, estiveram a guardar a
passagem do Presidente, Zeca- JOMAV,
daqui menos de meia hora estarão por aí a passar. Dito e feito! Sentimo-nos o
barulho do carro, finalmente, eram eles. Dizia-lhe, metes o carro na berma da
estrada e saímo-nos no interior da viatura e aguardamos a passagem deles se
não, poderiam disparar contra nós. Dizia-me, era verdade!
Eles vinham com uma velocidade estonteante, três carros de
combate à frente com o armamento de guerra de diversos tipos o Presidente Zeca-JOMAV no meio e outras três viaturas atrás, com fortes dispositivos
militares (seguranças) do PR, armas em riste, pronto a dispararem em qualquer
momento como se, no teatro de guerra se tratasse. Este aparato não justifica
toda esta encenação de regresso de fim de semana à Bissau.
Diz o meu companheiro de viagem, sendo assim, qualquer dia
irão ter o acidente, o moral da conversa (estória) na semana seguinte houve
acidente uma das viaturas capotou, haviam vários feridos e corpos espalhados no
chão, foram seguranças do PR Zeca-JOMAV.
Foi à entrada do aeroporto na rotunda Amílcar Cabral. (O povo já
se esqueceu do episódio).
A moralidade do Presidente, após ter conhecimento dos factos,
foi ao hospital como é óbvio, visitou os sinistrados, prometendo os familiares
das vítimas 100,000,00 Cfas (cem mil francos cefas), correspondendo € 160,00
(cento e sessenta euros). É ridículo!... A parcimónia…
tantos sofrimentos, etc.
Tratou-se de um desnorte do CHEFE DE ESTADO, não está em altura da assunção da sua
responsabilidade em todo o domínio, já se notou a sua debilidade, incapacidade
de relacionamentos quer internamente com o executivo sufragado no pleito
eleitoral/2014, e quer a nível internacional, com sociedade civil, forças
religiosas e os anciões da nossa terra não surtiram efeitos desejados. Fazia-se
bem; abdicar do seu mandato o povo lhe agradeceria publicamente. É claro o seu
gesto, não se esperava outra coisa, se não efetuou uma visita de cortesia ao
hospital, devendo manter reserva moral, sem anunciar publicamente, deveria ser
discreto na dadiva e o montante aos familiares acima mencionado, aquando da sua
visita as forças de seguranças acamados no hospital. (Não ficou bem).
Os médicos da Guiné-Bissau, são iguais aos outros congéneres.
Faltam-lhes ferramentas de trabalho, não existem condições no terreno para
exercerem as suas funções para bem da nossa população. Carências de meios sem
medicamentos, etc. Inexistência do estado, corrói a estrutura basilar no
efetivo tratamento do nosso paciente.
A Guiné-Bissau não têm infraestruturas, inexistências de
saneamento básico, falta de luz elétrica, água potável, etc., proliferam
barracas sem arruamentos, existências de trilhos; terra batida, pô embrenham no
nosso corpo, invadem os nossos pulmões (doença).
No mercado de Bandim, os vendedores ambulantes, sem
promiscuidade, os
produtos são colocados ao relento a céu aberto, sem mínimas
condições higiénicas, ausência de
fiscalização a quem de direito. Mas
parecem dito AUTORIDADE! Passam por
lá, para sacarem multas, o que sacaram deles (dinheiro); direitinhos para os
seus bolsos. Estes impostos deveriam entrar no cofre de estado. Se haviam
estruturas a funcionar, mas com outro sistema (estruturação do mercado).
Na administração
pública o sistema está viciado, sem controle, e nem respeito pelas regras as
pessoas na fila a aguardaram a sua vez; chega um conhecido de algum
ministeriável, tem permissão e a carta branca para tudo. Os documentos são
emitidos sem controle de hierarquia não são registados nos livros como fizeram
no passado. Os documentos emitidos são assinados pelos diretores de departamento
ou pela chefia, sem mínimo cuidado de lerem, veem com erros de “tamanho de um
prédio e cada cavacada uma minhocada”.
A ATENÇÃO!
Que tenham cuidados!... As próximas eleições presidenciais e
as legislativas convinham, escortinarem bem os candidatos com os perfis
adequados, posturas as suas idoneidades políticas e a imparcialidade. Passarem
lhes em diversos crivos de seleção, na escolha dos candidatos, nomeadamente: do
Presidente da República e de Chefe do governo (executivo).
Esta é minha pequena contribuição para não deixarem que a
culpa morra solteira, alguém tem que ser responsabilizada destes fracassos de
insucesso governativo.
À contribuição que a comunidade internacional disponibilizou
para realizações de eleições/2014, foram uma miragem, sem essência dos partidos
políticos da Guiné-Bissau.
26/02/2017
Por:
JUSTINO SANCHES CORREIA
( Basy)
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