Funcionários da companhia de Telecomunicação Pública Guine-Telecom desafiam o estado guineense a dar aprovação aos funcionário desta empresa para reabrirem as portas e prometem dar resultado dentro de três (03) meses. As empresas Guiné-Telecom e Guinétel, actualmente, estão em falência técnica
Guerra Sambu, que falava em exclusivo à Rádio Sol Mansi, esta quinta-feira, que acusa ainda o Estado Guineense de querer abdicar da empresa, disse ainda que a Guiné-Bissau é um país vulnerável porque não tem controlo sobre a telecomunicação a nível nacional.
Segundo Sambu a Guiné-Telecom e Guinétel arrecadavam 31 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) para o estado guineense.
“Imaginemos que o Estado guineense pede financiamento quando pode conseguir o seu sustento. Em toda a parte do mundo o Estado controla a telecomunicação. A comunicação é a segurança de um país. Telecomunicação móvel é necessário porque é de luxo. Tem necessidade de reactivar a Guinétel porque dispõe de equipamentos de último grito”, critica Guerra Sambu que adianta ainda que os equipamentos montados já estão em estado avançado de estrago.
Entretanto, o presidente do Sindicato dos Funcionários da Guiné-Telecom acusa, no entanto, o governo de estar a tirar os poderes desta única empresa pública de telecomunicação do país em detrimento da Autoridade Reguladora Nacional (ARN) que “actualmente faz, sem necessidade, os trabalhos da Guiné Telecom”
“Estamos numa disputa com a ARN que luta para extinção da Guiné-Telecom e tomar o poder e os materiais da empresa. Actualmente a ARN faz o nosso papel, até entendemos porque não estamos a funcionar, mas não sabemos o movimento desta paralisação e porque ainda a empresa não foi reactivada sendo que existem técnicos capazes e dispões de equipamentos de último grito instalado no fim de 2010”, critica.
David Mingo acusa ainda as autoridades nacionais de estarem a “banalizar” a Guiné-Telecom em benefícios próprios e os funcionários sentem triste com esta situação porque nenhum estado do mundo consegue funcionar sem uma empresa móvel própria.
Ao Presidente da República dos funcionários pedem uma intervenção urgente “como tem feito com as empresas privadas” porque segundo eles o interesse nacional é que está em causa.
Vladmir Fonseca Alves, secretário do sindicato, disse ainda que a soberania de todos os que usam rede móvel do país estão em causa porque o estado guineense não controla o trafego da telecomunicação e “as receitas das empresas privadas de telecomunicação não revertem em benefício do país”.
Os funcionários da empresa que estão há mais de 32 meses sem salários acusam as autoridades nacionais de não terem a noção do verdadeiro sentido da telecomunicação.
Lembramos que em 2015, o governo da Guiné-Bissau, diz, na ANP, que quer transformar a empresa Guiné-Telecom numa empresa gestora das infra-estruturas de telecomunicações do país com a finalidade de lhe tornar mais rentável.
Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos com Conosaba
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