quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

«OPINIÃO» "TAMBÉM FAZEMOS PARTE PÁTRIA" - IDRISSA DA SILVA


Caros camaradas guineenses estão vivendo um dos momentos mais crítico da história da nossa democracia institucional. Momento esse que não importa que pessoa seja qual a cor partidária que representa, ou o grau de sentimento de afeto há pátria, mas que o desejo do povo guineense deve ser respeitado. Desejo esse de viver na tranqüilidade, de sonhar como qualquer povo do mundo. Como diz o nosso saudoso Pai da Nação, Amílcar Cabral o programa mínimo é a libertação do povo do jugo colonial e o programa máximo é dar toda a alegria do mundo ao estimado povo guineense, dando lhe uma educação de qualidade, criar uma condição de saúde adequada, gerar as condições de trabalho condigna para todo o povo, garantindo-lhe a segurança e o respeito, que a instabilidade e o fome não seja o motivo de perca de sono do povo. Porque há pessoas que deram a vida para que tal não seja proporcionado aos seus irmãos. Mas o egoísmo e o “corson sussu” imperam nos nossos governantes corruptos.

 Às vezes me pergunto qual seria o conselho ou exemplos que os nossos governantes dão aos seus filhos, ou será que os filhos não se sentem constrangidos pelos atos dos pais perante a pátria? Mas como diz o Marx, perante isso devemos entender o passado, no chamado materialismo histórico, mas fica para outra oportunidade.
Diz o líder judeu, guardamos nossos dinheiros no ocidente e eles aproveitam desse dinheiro para nos fazer empréstimos com jurus. Os nossos governantes ostentam riquezas e faz tratamentos no estrangeiro a custa do suor da inocência do meu povo, ou por pensarem que são mais inteligentes ou por pensarem que são os únicos capazes de governar o País? Mas de uma coisa tenho a certeza, o Titanic foi a água, o império romano foi a terra, a murra do Berlim caio, o imperialismo português sucumbiu aos guerrilheiros nacionais, portanto nada é eterno, a justiça há de prevalecer em nome das lágrimas das nossas mãe e da mama Guiné.

O País rico na sua diversidade cultural, mas pobre na sua diversidade política, onde o adversário é tido como inimigo, onde quem questiona é pensado como um alvo a bater, onde o cargo é tudo na vida, onde o sim senhor é manter na posição ou subir dele sem mérito. Meu país! Rico por natureza, mas pobre por pensamento dos nossos dirigentes, que só pensam em apropriar do povo, e que confundem o publico com privado, onde misturam autoridade com legalidade.

Não temos nada que reclamar da natureza, (MAMA GUINÉ) muita chuva, terra fértil, peixe abundante, povo humilde e orgulhoso, mesmo com tanta dificuldade sempre mantêm o alto astral em nome da pátria, mas temos tudo que reclamar dos nossos dirigentes, que apropriam das funções para vender as nossas riquezas para encher os seus bolsos.

O sentimento de revolta, o olhar apreensivo dos jovens sobre o futuro do país, mostra que corre nas nossas veias e nos nossos cérebros o desejo dos nossos imortais, a valorização e a paz do povo na sua pátria. Dar a paz e a estabilidade econômica é reconhecer aqueles que deram a vida pela dignidade do país, para que sejamos um povo harmonioso e não um povo sofredor ou um povo que é traído por seus governantes. O mau senso dos nossos governantes nos apela fazer-lhes entender de que não são mais guineenses do que outros, e não são mais dignos de confiança do que já nos desapontaram. O bem senso que tem imperado nas nossas decisões perante os jogos de interesse dos mentirosos governantes que fingem em nome do povo, acabou! Agora é hora de pensarmos como recompensar a nossa pátria por termos falhado com ele. Agora é hora de convidar os nossos irmãos no estrangeiro a participarem da construção da querida pátria, porque tanto quanto vocês danadores como eles fazem parte MAMA. A crise só se supera com o trabalho e o dialogo, a humildade faz dos sábios os homens mais importantes, mas a ignorância e a irreversibilidade dos nos governantes fazem deles piores patetas da história da nossa pátria.


Como diz o grande poeta português Fernando Pessoa, Deus quer que o homem sonha, nasce a obra. Mas num país onde os gravateiros pensam que são os únicos que podem ser chamados como condutores do sonhado projeto da pátria, elaborado e pensado por nosso saudoso pai, Abel Djassi, e onde o maior número de crises vem só de um único partido, então podes acreditar Fernando Pessoa, vamos sonhar que um dia a justiça ha de retirar deles tudo que apropriam desse povo e tudo que fizeram de ruim em nome dessa pátria. Amo-te GUINÉ-BISSAU, aconteça o que acontecer vamos lutar por te. Podes crer o arqueiro há de vir para vocês.

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