sexta-feira, 5 de junho de 2015

«CRIME» FAMILIARES E AMIGOS DE HÉLDER PROENÇA PEDEM JUSTIÇA

Hélder Proença (morto)

Bissau, 05 Mai 15 (ANG) – Os familiares e amigos do ex-deputado Hélder Proença supostamente assassinado em Junho de 2009 por alegado envolvimento num golpe de estado saíram hoje as ruas pedindo que a justiça seja feita em relação ao caso.

Numa cerimonia de deposição de coroas de flores na sua campa no Cemitério Municipal de Bissau, o político guineense Hélder Vaz destacou que a data serve para lembrar aos guineenses da maldade que imperou no país.

O dirigente do partido Resistência da Guiné-Bissau/Movimento Bah-Fata disse ainda que apesar de tudo, ainda há homens dignos capazes de sacrificarem e darem o seu sangue para o futuro melhor da nação guineense.

Segundo Hélder Vaz, para que a Guiné-Bissau seja diferente no futuro tem que ser um país baseado na reconciliação, mas também na justiça e na verdade.

“Estamos aqui para pedir justiça ao caso do Hélder Proença e de todos aqueles que foram martirizados neste país. O Hélder foi um mártir que deu o seu sangue para um amanhecer diferente da nação guineense”, defendeu.

Disse que no futuro processo de reconciliação nacional que se vai iniciar no país não deve falhar a verdade, “porque a Guiné-Bissau nunca será um país digno com desenvolvimento e bem-estar para os seus filhos enquanto não se fundar na verdade”.

Como político, Hélder Vaz considerou Hélder Proença um adversário digno, de valor e cultura, capaz de sonhar e com profundo amor à Guiné-Bissau.

Por sua vez, o presidente do Partido Aliança do Povo Unido (APPU) Nuno Gomes Nabiam disse que o evento serve para render homenagem àquele que considera “um grande estadista e um amigo-irmão”.

“Estamos aqui para render homenagem naquilo em que o Hélder Proença acreditava”, afirmou Nuno Nabiam.

Para o presidente da União Patriótica Guineense (UPG), Fernando Vaz a efeméride faz aos guineenses lembrarem de todos aqueles que foram assassinados na Guiné-Bissau sem que a justiça seja feita.

Vaz prometeu iniciar uma nova batalha para a instauração da justiça em todo o país.
A irmã do malogrado, Rosa Tavares, considerou o momento de muita dor e consternaçao, “mas sempre com a esperança de que a justiça reaja um dia sobre assassinio de Hélder Proença”.

Ainda no quadro dos seis anos de assassínio do ex-deputado Hélder Proença o grupo de familiares e amigos do malogrado dirigiu uma Carta Aberta ao Presidente da República solicitando a sua intervenção para a retoma dos trabalhos judiciais susceptíveis de apurar as responsabilidades criminais que envolvam o referido caso, em conformidade com a lei. 

Hélder Proença, Baciro Dabo, ex-dirigentes do PAIGC foram mortos a 05 de Junho de 2009 por agentes de segurança, alegadamente por tentarem levar a cabo um golpe de Estado.

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