domingo, 2 de março de 2014

EX-COMBATENTES LUTAM CONTRA O "ESQUECIMENTO".


Quase duas centenas de ex-combatentes de África concentraram-se no Marquês de Pombal para descer a Avenida da Liberdade, em Lisboa, numa iniciativa que pretendeu ser uma chamada de atenção para os problemas que vivem muitos destes antigos militares que se sentem "abandonados" pelo Estado.

Um perdeu um olho na Guiné. Outro foi ferido num braço. Muitos sofrem de 'stress' de guerra. Todos combateram na Guerra do Ultramar e desfilaram hoje pela Avenida pedindo "respeito" por quem lutou pela pátria e está hoje "esquecido".
Quase duas centenas de ex-combatentes de África concentraram-se no Marquês de Pombal para descer a Avenida da Liberdade, em Lisboa, numa iniciativa que pretendeu ser uma chamada de atenção para os problemas que vivem muitos destes antigos militares que se sentem "abandonados" pelo Estado.
Vítor Roque, paraquedista em Moçambique e um dos promotores deste protesto que juntou vários ramos das Forças Armadas, disse à Lusa que os antigos combatentes quiseram manifestar o seu descontentamento com os cortes das reformas e "indignação" pela forma como são tratados.
"Muitos dos nossos camaradas encontram-se na miséria, a passar fome, sem casa, por causa dos cortes brutais a que todos os portugueses têm estado sujeitos", frisou, destacando que o protesto não foi convocado por nenhuma associação de militares.
Vítor Roque afirmou que muitos antigos combatentes que estão a sofrer os cortes eram fiadores dos filhos e "entraram numa situação de incumprimento", acabando por perder as suas próprias casas.

http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=3715348

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