Abel Incada abandona os negócios para ser um Presidente que garanta investimentos, paz e estabilidade à Guiné-Bissau. Ele é candidato do PRS e disputa pela primeira vez eleições sem a sua principal figura, Kumba Yalá.
Considerado pelos militantes do PRS, Partido da Renovação Social, como sendo "o homem do momento, promotor da paz e estabilidade", o empresário conhecido no ramo da construção civil, Abel Incada, tem pela frente a difícil tarefa de suceder Kumba Yalá líder carismático dos renovadores. Este, apoia um outro candidato independente nas eleições gerais da Guiné-Bissau marcadas para 13 de abril.
O homem do partido faz questão de vincar a sua personalidade: "Fui escolhido pelo PRS, Kumba Yalá é um líder carismático, portanto não podemos falar do PRS sem falar dele. O Dr. Kumba Yalá tem a sua liderança e a sua maneira de ser, é uma pessoa que admiro. Pensávamos que ele iria estar sempre ao lado do seu partido, mas desta vez as coisas são diferentes."
Abel Incada pretende ser um Presidente isento e árbitro do sistema democrático, mas que trabalhará em cooperação com o Governo para atrair investimentos para a Guiné-Bissau.
O candidato já faz promessas nesse sentido: "Serei um árbitro isento, isso quer dizer que estou a falar da separação de poderes. Sendo eu o árbitro e fiscalizador destas instituições serei sempre isento e irei colaborar para fazer com que estas instituições funcionem."
Negócios para trás
Até esta data, Abel Incada era o primeiro vice-presidente da Câmara do Comércio, Industria, Agricultura e Serviços, tendo nos últimos tempos exercido funções de responsável máximo desta instituição devido à saída do seu presidente, Braima Camara, também para as lides políticas.
O candidato do PRS garante que os negócios ficarão para trás em nome da política, no caso de vitória nas próximas eleições: "A política é sempre acompanhada pela área económica, mas sendo empresário e assumindo as funções vou deixar de ser empresário. De facto eu sou o candidato ideal do PRS."
Do projeto político de Abel Incada para a presidência guineense, destaca-se a união entre as etnias e a estabilização do país. "A minha primeira tarefa seria unir e pacificar os guineenses. Na Guiné-Bissau nehuma etnia tem mais força que a outra. Todas somos iguais e por isso devemos trabalhar juntos para que a Guiné saia do marasmo em que se encontra", diz o candidato.
Promessas de reformas
O ainda empresário garante uma reforma profunda do aparelho de Estado, com uma atenção especial para as reformas no seio das Forças Armadas guineenses.
"No que diz respeito ao militares, como sabem, é uma reforma que já começou e que de facto vai merecer a nossa atenção. A reforma na àrea da defesa e segurança é necessária para que seja constituído um exército republicano a defender os interesses do país."
Com o apoio do Partido, Abel Incada não tem dúvidas que a vitória é certa para mudar rumo dos acontecimentos na Guiné-Bissau.
E ao nível das relações exterenas o candidato pretende empenhar-se para obter mais apoios para o país: "Vou jogar o meu papel como Presidente da República, colaborar com a comunidade internacional, para que de facto apoie a Guiné-Bissau, porque o país merece e achamos que a comunidade internacional vai perceber-nos"
Limpar a péssima imagem que o país tem é outra aposta de Incada. "Vamos vender a imagem da Guiné-Bissau e fazer uma diplomacia mesmo forte, para que de facto a imagem da Guiné-Bissau seja melhorada, uma vez que ela já foi apelidada de várias coisas, até de Estado-narcotráfico. Vamos ultrapassar tudo isso", promete.
DW.DE
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