sábado, 15 de fevereiro de 2025

Castanha de cajú: IMPORTADORES E EXPORTADORES ALERTAM QUE A CRISE POLÍTICA PODE AFETAR A CAMPANHA

A Associação Nacional de Importadores e Exportadores (ANIE-GB) alertou que a campanha de comercialização e exportação da castanha de cajú 2025 poderá ser comprometida, tendo em conta a grave “crispação política”, o atual cenário político que se vive no país.

A chamada de atenção foi tornada pública esta sexta-feira, 14 de fevereiro de 2025, pelo Presidente da Associação Nacional de Importadores e Exportadores de Guiné-Bissau, Mamadu Iero Djamanca, em conferência de imprensa realizada na sua sede em São Paulo- Bissau, na qual alertou que, independentemente de um ano bem projetado, a campanha pode ser comprometida.
“O objetivo da conferência de imprensa visa compartilhar com o público em geral e em particular os atores da fileira da castanha de cajú, o trabalho que a organização tem feito em relação ao acompanhamento no terreno desde a floração até à maturação de cajú no interior do país, assim como o impacto ambiental”, informou.

O responsável da Associação de Importadores e Exportadores chamou atenção aos produtores e agricultores no sentido de aumentarem as boas práticas, nomeadamente o tratamento e a limpeza dos pomares para aumentar a produção e a qualidade deste produto.

Mamadu Iero Djamanca assegurou, na sua comunicação, que “existem fortes sinais credíveis” de que haverá uma boa campanha de comercialização da castanha de cajú, no que tange ao preço de referência, razão pela qual desafiou os produtores a redobrarem os esforços e fazer um trabalho de casa, sobretudo trabalhar mais na componente de boas práticas.

A Associação Nacional de Importadores e Exportadores aconselhou os agricultores a não se endividarem, por mais que tenham a pressão dos operadores económico ou compradores, porque isso poderá comprometer o impacto da castanha a seu favor, por existirem sinais que indicam que haverá um bom preço na presente campanha da cajú que se avizinha.

A Associação de Importadores Exportadores pediu ao governo, a entidade com a responsabilidade de fixar o preço, que antes de o fazer esclareça o público em geral sobre o preço de referência que será praticado pelo executivo para evitar futuras contestações entre vendedores e compradores.

Iero Djamanca falou na necessidade de promoção do processamento da castanha de cajú a nível local e desafiou todos os atores da fileira de cajú a criarem mecanismos para permitir que haja fábricas de processamento no país.

Por: Carolina Djemé
Fotos: CD
Conosaba/odemocratagb

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