quarta-feira, 10 de março de 2021

Líder do PAIGC, Domingos Simões Pereira, regressa à Guiné-Bissau na sexta-feira

Bissau, 10 mar 2021 (Lusa) - O líder do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereira, anunciou hoje que vai regressar à Guiné-Bissau na sexta-feira numa mensagem na rede social Facebook.

"Chegou o dia de regressar à Guiné-Bissau. É sexta-feira no dia 12", afirmou Domingos Simões Pereira, na mensagem.

O líder do PAIGC disse que vai assumir o seu lugar de deputado na Assembleia Nacional Popular.

Domingos Simões Pereira disse também que vai convocar reuniões dos órgãos superiores do partido e para todos estarem preparados para transformar aquelas reuniões em encontros "históricos", durante os quais tudo será discutido.

Simões Pereira disputou as eleições presidenciais do final do ano passado com o atual Presidente, Umaro Sissoco Embaló, que assumiu o poder sem esperar pelo resultado do contencioso eleitoral que decorreu no Supremo Tribunal de Justiça.

Na sequência da sua tomada de posse, o Presidente guineense demitiu o Governo liderado por Aristides Gomes, do PAIGC, tendo nomeado um outro chefiado por Nuno Gomes Nabiam, líder da Assembleia do Povo Unido - Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB), e que inclui o Movimento para a Alternância Democrática (Madem G-15), o Partido de Renovação Social e elementos de movimentos que apoiaram a sua candidatura.

Aristides Gomes esteve refugiado na sede da Organização das Nações Unidas, em Bissau, quase um ano, e saiu da Guiné-Bissau há cerca de um mês.

O Governo de Aristides Gomes foi formado na sequência das eleições legislativas de 2019, ganhas pelo PAIGC, que conseguiu a maioria no parlamento com base numa coligação com a APU-PDGB, Partido da Nova Democracia e União para a Mudança.

O Governo de Nuno Nabiam conseguiu aprovar o seu programa no parlamento, bem como os orçamentos de Estado de 2020 e 2021 com o apoio de cinco deputados do PAIGC.

Domingos Simões Pereira tinha anunciado recentemente, numa mensagem nas redes sociais aos seus apoiantes, a sua intenção de regressar à Guiné-Bissau.

Conosaba/Lusa

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