O Presidente da República (PR), Umaro Sissoco Embalo, assegurou, hoje (07), que não vai demitir o governo liderado por Nuno Gomes Nabiam, sob pressão de nenhuma organização ou força estrangeira, porque o seu programa governativo foi aprovado recentemente na Assembleia Nacional Popular.
O presidente Embalo estava a referenciar a recente resolução do Conselho de Segurança da ONU, que exorta a formação do novo governo respeitando os resultados eleitorais de março de 2019 e a constituição da república.
“Aquela resolução que ouviram é do dia 22. (…) Alguém vai-me ordenar para derrubar este governo, nem Donald Trump ou António Gutierres, ainda agora que o governo foi legitimado no parlamento”, enfatiza.
O chefe do Estado anunciou por outro lado que o país é candidato a presidir a cimeira de chefes de Estados e Governos da Comunidade Económica dos Estados da Africa Ocidental (CEDEAO) em 2021/22 e garantiu que durante a sua magistratura o país vai ser bem representado.
“ A Guiné-Bissau é o candidato para presidir a cimeira dos chefes de estados e do governo da CEDEAO 2021 e 2022, porque não pode ficar só nas mãos dos países anglófonos ou francófono. Nunca a Guiné-Bissau vai sentir bem representada tanto fora assim como agora, por isso, já dei a orientação ao executivo para mudar o nosso passaporte, quando isso for, vamos ter a isenção de visto com o Portugal, Espanha, França e outros países”, garante.
Umaro Sissoco Embalo foi investido simbolicamente em 27 de fevereiro, pelo primeiro vice-presidente da Assembleia Nacional Popular, a quase dois meses depois que a Comissão Nacional de Eleição ter-lhe anunciado como vencedor da segunda volta das eleições presidenciais. Por agora, perdura um contencioso eleitoral no Tribunal Supremo pelo Domingos Simões Pereira contra a Comissão Nacional das Eleições.
Por: Braima Sigá/radiosolmansi com Conosaba do Porto
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