Bissau, 28 Jul 20 (ANG) - O presidente da Associação Nacional de Pescadores Artesanais(ANAP) fez esta terça-feira uma alerta sobre as possibilidades de o pescado vier a faltar no mercado nacional.
“Já estamos no período mais difíceis de pescar, que são meses de Julho, Agosto e Setembro em que se torna difícil capturar os peixes na Guiné-Bissau, a não ser com embarcações de grandes capacidades que atingem as milhas,disse Augusto Dju em entrevista à ANG.
Acrescenta que muitos pescadores são agricultores, que quando chega a época chuvosa vão todos para o campo de lavoura.
Sustenta que a maioria dos pescadores não tem pirogas com capacidades para levar muitos dias no alto mar e que só usam pequenas canoas de remo que fica dentro de rio e na época de chuva o mar fica mais agitado pelo que muitos guardam suas canoas para se dedicar a lavoura.
Por outro lado, disse que, não há muito peixe agora por causa da invasão dos pescadores dos países vizinhos: Guiné Conacri nas localidades do sul do país e de Senegal, no norte e até Serra-leoneses e Ganeses refugiados, que acamparam no país e se dedicam atualmente a faina.
Dju adianta contudo que a partir de dia 15 de Agosto haverá falta de pescado do tipo tainha, bagre e djafal tendo em conta que vão emigrar porque vai haver muita água doce.
“Os peixes precisam de mistura de águas doce e salgada e nesse tempo começa-se a verificar a subida do preço do pescado, por rutura do stock”, afirmou.
Referiu que, nas zonas das ilhas neste momento existem muitos pescadores bijagós que deixaram de praticar a faina para irem ao cultivo de arroz e que só em Outubro, quando já terminarem a colheita, é que voltam à pesca e se dedicam ao mar 100 por cento.
Augusto Dju explicou que está-se agora no período de água morta em que a pesca diminui bastante, acrescentando que, daqui a pouco, o mar vai entrar no seu período de água subvivo em que os peixes reproduzem muito.
Conosaba/ANG/MI/ÂC//SG
Sem comentários:
Enviar um comentário